Confira três teorias sobre o que teria sido a misteriosa
estrela de Belém que trouxe os reis magos até Jesus para ser adorado:
A
estrela de Belém foi um cometa
Entre
outras funções, um mago também era um astrólogo cuja função era observar os
céus e interpretar os seus sinais. Cria-se na época que os sinais que ocorriam
nos céus prediziam eventos importantes ocorridos na terra.
Os
magos do Oriente viram um fenômeno astronômico e conjecturaram tratar-se do
nascimento de um rei de paz na Judeia. Mas essa não era uma interpretação
isolada.
Por
exemplo, o mais famoso cometa da antiguidade, o conhecido Cometa de César, foi
visto por 7 dias nos céus no ano 44 a.C, e por isso foi interpretado como um
anúncio da deificação de Júlio César. Além deste, segundo o historiador romano
Suetônio, uma estrela teria anunciado o nascimento de César Augusto, o
imperador romano contemporâneo do nascimento de Jesus.
Assim,
era comum que eventos astronômicos fossem interpretados como um sinal de algum
acontecimento importante na terra. Soma-se a isso a influência do messianismo
judaico corrente na Babilônia, como entre os discípulos do profeta Daniel.
Alguns
cientistas e estudiosos especulam que a estrela vista pelos magos foi na
verdade um fenômeno celeste natural que foi interpretado como um presságio.
Dentre os fenômenos recorrentes nos céus, um cometa seria o mais fácil de se
encaixar na narrativa do evangelho de Mateus, devido ao seu movimento.
No
período do nascimento de Jesus, tanto os chineses quanto os babilônicos faziam
registros diários das observações celestes e muito dos documentos dessa época
chegaram até nós.
Num
dos documentos chineses, registra-se um corpo celeste exposto nos céus por 70
dias, por volta do ano 5 a.C. A data do aparecimento deste corpo estaria entre
o dia 5 de março e 10 de abril. Curioso é o modo como ele foi descrito, como um
astro “pairando sobre cidades”, de modo semelhante ao que foi registrado no
evangelho.
A estrela de Belém foi
uma conjunção planetária
Como
já dissemos acima, tanto os chineses quanto os babilônicos mantinham registros
dos fenômenos celestes no período do nascimento de Jesus. São os tabletes
astronômicos da Babilônia que apresentam um candidato bastante popular para ser
a estrela de Belém. No ano 7 a.C., ele registra a conjunção de Júpiter e
Saturno com a constelação de Peixes, e depois Júpiter, Saturno e Marte em
Peixes.
O
astrônomo Johannes Kepler interessou-se em encontrar a estrela de Belém. O
astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler foi quem descreveu o movimento
dos planetas, no século XVI, utilizados até hoje pela NASA e pelos demais
cientistas.
Com
base em sua observação dos planetas Júpiter e Saturno, deduziu que a estrela de
Belém fosse uma conjunção de ambos os planetas. Com base em suas próprias leis,
calculou o movimento desses planetas regredindo até os anos 5-7 a.C.,
considerando que Herodes teria morrido no ano 4 a.C.
Com
base nisso, encontrou três conjunções de Júpiter e Saturno na constelação de
Peixes, todas no ano 7 a.C: uma em 27 de maio, outra em 05 de outubro e a
terceira em 1 de dezembro. A conjunção desses planetas, vista da Terra, teria
um brilho incomum nos céus.
O
arqueólogo e estudioso da Assíria Simo Parpola concorda com essa teoria de
Kepler e completa dizendo que, segundo o sistema astrológico babilônico,
Júpiter estava associado ao deus supremo, e também associado ao nascimento de
reis. Já a constelação de Peixes estava associada ao povo judeu. Assim, tendo
visto esse fenômeno, facilmente os magos teriam associado ao nascimento de
alguém importante na Judeia.
A estrela de Belém foi
um fenômeno puramente milagroso
Uma
terceira teoria sobre a estrela de Belém parece ser a mais aceita entre os
teólogos – a de que o brilho nos céus foi um fenômeno puramente milagroso,
vindo da Providência de Deus. É o que crê um dos pais da igreja, João
Crisóstomo.
Para
ele, a estrela que brilhou nos céus de Belém foi um astro excepcional conduzido
milagrosamente por Deus para guiar os magos, como havia sido a coluna de Fogo
guiando o povo de Israel. Ele diz:
“Como
então, digam-me, a estrela poderia apontar para um local tão específico – o
espaço de uma manjedoura e um barraco -, sem que tenha descido das alturas e
permanecido logo acima da cabeça do menino? E era a isso que aludia o
evangelista quando disse “e eis que a estrela, que viram no oriente, ia adiante
deles, até que foi parar sobre o lugar onde estava o menino”.
Mas,
e agora, diante dessas teorias, o que de fato foi a Estrela de Belém? Será que
na primeira aparição, no Oriente, tratou-se de conjunção planetária, e depois,
quando avistado na saída de Jerusalém, de um meteoro? Será que em todas as
ocasiões tratou-se de astro milagroso?
O mais importante de
toda essa história está claro – todos os povos devem adorar o filho de Deus!
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