terça-feira, 6 de setembro de 2016

''...parece cocaína, mas é só tristeza"...



                              DEPRESSÃO

A depressão se tornou uma doença muito comum. O estresse cotidiano é um dos elementos causadores dessa “epidemia”. Mas além do estresse há outros fatores como morte na família, solidão, causas genéticas (filhos de mães deprimidas tem 30% mais chance de desenvolver a patologia), consumo de drogas lícitas ou ilícitas, má alimentação.
O estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição.
A depressão é um desequilíbrio hormonal no cérebro, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.
Pelas estatísticas atinge 5% da população e as mulheres são as mais atingidas por essa doença.
Depressão é uma doença crônica. Em muitos casos há períodos em que a pessoa passa bem e depois volta a ficar deprimida. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão muitas vezes vem acompanhada de baixa autoestima, falta de energia para atividades cotidianas, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, e dores sem causas definidas.
A depressão se divide em leve, moderada e grave. É um engano imaginar que a depressão leve seja menos incapacitante se considerarmos a duração dos sintomas. No entanto, os quadros moderados e graves comprometem mais o indivíduo que fica com baixa produtividade, autoestima diminuída e uma visão distorcida do mundo.

São sintomas de depressão:

*Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
*Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
*Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
*Desinteresse, falta de motivação e apatia
*Falta de vontade e indecisão
*Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
*Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
*A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
*Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
*Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
*Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
*Perda ou aumento do apetite e do peso
*Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
*Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
A atividade física ajuda. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.

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