quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Felicidade Realista


"FELICIDADE REALISTA"( Martha Medeiros )
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacotelouvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas osuficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
ERRATA: Existe um problema com a autoria do artigo 'FELICIDADE REALISTA'. Este texto, de autoria da gaúcha Martha Medeiros, circula na WEB como sendo de autoria de
Mario Quintana -1906/1994.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Esperança

Esperança

Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinasTodos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008


"Transmitir conhecimento é uma honra e um dever"

Philippe Perrenoud

10 motivos para ser professor

Quem não ama o que faz dá pouco de si. Não se esforça. Bate cartão, cumpre protocolo. O amor move gestos e intenções, em qualquer profissão. Mais ainda naquelas em que se lida diretamente com pessoas. Que são diferentes de livros, armários, números... Tem coisa pior do que ser chamado de 26? Ou 12? Amor é vital. No trabalho, na vida, em tudo. Ao ver o rosto encantado e feliz da pequena aluna sob o olhar atento e carinhoso da professora, quem há de negar a importância do amor na educação?

Marisa Masumi (revista nova escola)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Auto retrato



Tão branca, acidente genético, pois é neta de negra de cabelo carapinha.

Puxou ao pai, dos olhos verdes ao gênio: é menina teimosa, briguenta, tem sempre um sonho na cabeça, às vezes é meio radical, mas tem bom coração.

À mãe puxou os traços, o desejo de vencer na vida, o jeito de guerreira, sem perder o jeito de menina.

É amiga sincera, leal e verdadeira, mas a vida ensinou a ser mais prudente e reservada, para não sofrer tantas decepções.

Gosta de defender suas idéias, mas não é pessoa de ficar debatendo muito. Prefere ser liderada a ter a responsabilidade de liderar.

Ás vezes é irreverente, passa por extrovertida, mas no fundo é um pouco tímida. Mas quando se sente acolhida, se solta, sorri e fala muito, e de tudo!

Gosta de ler, está sempre em torno de seus papéis, adora uma caneta e tem mania de Hello Kitty. Escreve cartas, para gente que nunca nem viu, luxo pra poucos como ela diz...

Está fazendo sua segunda graduação, na área que escolheu, educação. Está fazendo especialização também, atrapalhada com aulas e trabalhos, pouco tempo, aquela vida de professor que todos conhecem.

Tem muitos sonhos, quer ser independente, ter sua casa, seu canto.

Namora uma pessoa especial, anda com o coração contente.

É irritável, tem pavio curto.

É preguiçosa, dorminhoca.

Escrever tudo que a Aninha é...