quarta-feira, 28 de setembro de 2016

E o Brasil foi sede das Olimpíadas - fatos marcantes da Rio 2016



A série de notícias ruins que precederam o início dos Jogos gerou grande expectativa em relação ao seu primeiro grande evento, a cerimônia de abertura. E mesmo com orçamento menor do que edições anteriores, a festa impressionou e foi elogiada no Brasil e no mundo. Acima vídeo da pira olímpica acesa e em movimento, uma das novidades do evento.
A primeira medalha de ouro desta edição veio junto com uma história de superação de uma mulher negra e de origem humilde. Após ser eliminada em Londres, a judoca Rafaela Silva foi alvo de ofensas e racismo. Desta vez, sagrou-se campeã.
Com cinco ouros e uma prata na Rio 2016, o nadador americano Michael Phelps agora tem 28 medalhas - 23 de ouro -, solidificando sua posição como o maior atleta olímpico de todos os tempos. Phelps conseguiu em cinco edições os mesmos 23 ouros que o Brasil havia obtido em toda sua história em Olimpíadas até o início da Rio 2016. Aos 31 anos, ele anunciou que esta foi sua última Olimpíada, despedindo-se definitivamente das competições.
A ginasta americana Simone Biles foi outra atleta que brilhou nesta Olimpíada. Com apenas 19 anos, ela impressionou o público com suas acrobacias e venceu quatro das cinco finais em que participou - sua quinta medalha foi um bronze, tornando-a a atleta a conseguir mais medalhas em uma edição dos Jogos neste esporte.
No primeiro final de semana olímpico, o caso de um torcedor que foi retirado à força das finais do tiro com arco por supostamente ter gritado "Fora Temer" levantou uma discussão sobre a liberdade de expressão dentro dos estádios. A Justiça acolheu um pedido do Ministério Público Federal para que União, Estado do Rio de Janeiro e Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos se abstivessem de "impedir a manifestação pacífica de cunho político através da exibição de cartazes, uso de camisetas e de outros meios lícitos nos locais oficiais" da Olimpíada. Apesar disso, alguns torcedores relataram que foram impedidos de mostrar cartazes criticando o presidente em exercício durante os jogos.
Em uma das cenas mais emblemáticas dos Jogos, duas corredoras foram celebradas como verdadeiras atletas olímpicas após pararem, em momentos diferentes da corrida, para ajudar a rival caída na pista. Abbey D'Agostino, de 24 anos, ajudou a neozelandesa Nikki Hamblin, que caiu após as duas se enroscarem nas eliminatórias dos 5.000 metros no Rio. Depois foi a vez de Hamblin, de 28 anos, ajudar D'Agostino. Ambas terminaram a prova com os últimos tempos. Elas se abraçaram antes de D'Agostino deixar a pista em uma cadeira de rodas, com um tornozelo lesionado.
As vaias da torcida do Brasil contra os adversários ecoaram pelo mundo e foram criticadas pela imprensa internacional e até mesmo por alguns atletas. Para eles, a forma como se assiste a uma partida de futebol não cabe em esportes como tênis de mesa, hipismo ou atletismo.
Ryan Lochte poderia ter saído destes Jogos orgulhoso de seu ouro no revezamento 4x200 metros livre, a 12ª medalha olímpica de sua carreira, mas acabou como protagonista de um escândalo internacional, acusado de mentir sobre os roubo que ele e mais três nadadores americanos teriam sido vítimas.Seu companheiro de equipe James Feigen foi multado em R$ 35 mil. Os outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram liberados pela polícia sem serem indiciados. O COI abriu uma comissão disciplinar para investigar o caso e foi comprovado que houve falsa acusação de crime. Foi embora com fama de mentiroso e perdeu vários de seus patrocínios.
Isaquias Queiroz não ganhou um ouro na canoagem, mas nem precisou de um para fazer história. Ele subiu ao pódio nas três provas que participou e tornou-se o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas - duas pratas e um bronze - em uma única edição dos Jogos.
O jamaicano Usain Bolt chegou à Rio 2016 como sua maior estrela e não decepcionou. Ele conseguiu não só um, mas três tricampeonatos inéditos, nos 100 e 200 metros rasos e no revezamento de 4x100 metros. Esbanjando simpatia com o público disse que esta foi sua última Olimpíada, que já não há mais o que ganhar.
Após empatar em 1x1 no tempo regulamentar, a seleção masculina de futebol do Brasil bateu a Alemanha, sua algoz na Copa do Mundo, por 5x4 nos pênaltis e ficou com o ouro inédito na modalidade na Rio 2016, o único que faltava no rol de títulos do time. Além disso, esta foi a sexta medalha de ouro - e 17ª no total - do Brasil nesta edição dos Jogos, o que levou o país ao seu melhor desempenho na história das Olimpíadas.
(http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37138078 acessado em 16 de setembro de 2016)

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Olimpíadas no Brasil: herança em desenvolvimento urbano para a cidade-sede


QUAL O LEGADO DAS OLIMPÍADAS AO POVO CARIOCA?

Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 vão muito além do esporte. O evento vai deixar um legado não só para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, em diversas áreas – incluindo educação, cultura e sustentabilidade.
O Transforma, programa de Educação do Comitê Rio 2016, já beneficia 28 mil alunos da rede municipal de ensino do Rio. A iniciativa, que leva os valores Olímpicos e Paraolímpicos para as escolas, pode ser adotada por instituições de todo o país.
Para realizarmos jogos transparentes, precisamos estar alinhados com toda a sociedade civil. Uma das premissas adotadas pelo Rio 2016 é a rotina de encontros com as partes interessadas, abordando os temas mais impactantes: acessibilidade, proteção da criança e do adolescente, transparência e diversidade e inclusão.
Até o início dos jogos no Rio de Janeiro, mais de 30 milhões de itens foram adquiridos pelo Comitê Organizador. No Portal de Suprimentos, empresas de todos os portes tiveram acesso ao cronograma de compras, puderam se programar e se capacitar para atender a essas demandas. Devidamente preparados, estes microempresários estarão prontos para outras grandes demandas pós-Jogos.
A cultura é a primeira anfitriã de um país. Por isso, o Celebra - programa de Cultura do Comitê Rio 2016 - promove intervenções artísticas que representam a diversidade cultural brasileira, em uma ocupação inédita de ruas, parques, praças e praias da cidade sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.  Projetos de música, instalações, dança e arte popular despertaram na população o espírito esportivo.
A sustentabilidade esteve presente em diversos momentos da organização dos Jogos Rio 2016. A meta foi entregar Jogos responsáveis com o meio ambiente e as pessoas. O Comitê Rio 2016 estabeleceu um padrão de compromisso inserindo a sustentabilidade no DNA da organização dos Jogos por meio do giro da economia local, a diversidade entre os colaboradores, a proteção da fauna e flora locais e o cuidado com a emissão de gás carbônico.
( adaptado www.rio2016.com acessado em 14/09/2016)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ

"Como eu era antes de você" me foi presenteado pelo meu marido, que sempre que viaja pra algum lugar sem mim, traz alguma lembrança e me trouxe de Uberlândia o livro da Jojo Moyes, muito comentado entre os que gostam de ler e sites de vendas online. Demorou um pouquinho pra eu pegá-lo mas quando comecei, devorei poucos dias... Foi uma leitura que me trouxe algumas reflexões e muitas lágrimas.  Foi um livro que indiretamente várias pessoas acabaram dando dicas de que o final não era feliz como eu costumo gostar. Esse foi um dos motivos que me fez prorrogar o meu desejo de lê-lo. Se deseja ler um livro light e que não te dê tanto o que pensar, busque outro livro... Esse definitivamente não é um livro feliz, embora seja um livro com uma história linda.
É um gênero literário que se tornou comum, esses romances água com açúcar estão por toda parte e cheio de clichês. Mas nesse o amor acontece de maneira improvável, já que a maioria das pessoas não vê um deficiente físico como um amor em potencial, é do tipo de relacionamento que as pessoas são mesmo preconceituosas, quase generalizando. 
A personagem principal passa por situações típicas de famílias de classe média baixa, como falta de dinheiro, espaço e perspectivas. Fora conflitos familiares em torno de cuidados com um avô idoso, um sobrinho fruto de uma gravidez indesejada e uma irmã metida a sabichona. Louise Clark passa a trabalhar como cuidadora de um tetraplégico rico, que após o período inicial de rejeição, acabam se envolvendo em um relacionamento profissional com boa sintonia. 
É bastante interessante as reflexões dela sobre a vida do paciente e os seus sentimentos nessa nova situação. Reflexões interessantes também me vieram a mente, principalmente quando ela compreende que ele não quer mais viver e pretende por ponto final em sua vida em uma clínica de suicídio assistido. Esse tema é muito delicado e polêmico, o direito de morrer, o direito de por fim a sua vida... Nem sabia que a clínica citada no livro era real, mas ela existe. Pesquisei na internet após a leitura do livro e fiquei bem intrigada com as informações encontradas.
Uma das coisas que tornou a leitura prazerosa foram os capítulos com a visão de cada personagem secundário à situação vivida pelo jovem deficiente e por sua cuidadora, me dando oportunidade de construir os personagens em minha mente, aproximando-os da trama, envolvendo sentimentos, principalmente no capítulo onde a mãe descreve seus desesperos. Mas a maior parte do livro é narrada por Louise, em primeira pessoa.
Me seduziu de vez a mudança que o personagem Will faz na vida de sua cuidadora Louise, fazendo a ver que a vida precisa ter perspectivas, precisa ter objetivos, precisa ser vivida.
É um livro que não fala apenas de suicídio, fala de amor, doação, renúncias, romance, mas também da necessidade que temos de ter esperança de mudanças positivas em nossas vidas.


terça-feira, 6 de setembro de 2016

''...parece cocaína, mas é só tristeza"...



                              DEPRESSÃO

A depressão se tornou uma doença muito comum. O estresse cotidiano é um dos elementos causadores dessa “epidemia”. Mas além do estresse há outros fatores como morte na família, solidão, causas genéticas (filhos de mães deprimidas tem 30% mais chance de desenvolver a patologia), consumo de drogas lícitas ou ilícitas, má alimentação.
O estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição.
A depressão é um desequilíbrio hormonal no cérebro, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.
Pelas estatísticas atinge 5% da população e as mulheres são as mais atingidas por essa doença.
Depressão é uma doença crônica. Em muitos casos há períodos em que a pessoa passa bem e depois volta a ficar deprimida. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.
A depressão muitas vezes vem acompanhada de baixa autoestima, falta de energia para atividades cotidianas, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, e dores sem causas definidas.
A depressão se divide em leve, moderada e grave. É um engano imaginar que a depressão leve seja menos incapacitante se considerarmos a duração dos sintomas. No entanto, os quadros moderados e graves comprometem mais o indivíduo que fica com baixa produtividade, autoestima diminuída e uma visão distorcida do mundo.

São sintomas de depressão:

*Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
*Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
*Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
*Desinteresse, falta de motivação e apatia
*Falta de vontade e indecisão
*Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
*Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
*A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
*Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
*Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
*Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
*Perda ou aumento do apetite e do peso
*Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
*Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
A atividade física ajuda. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.