segunda-feira, 30 de julho de 2018

Eu sou Malala

Sabe aquele livro que você quer que todo mundo leia?

O livro “Eu sou Malala” foi escrito por Malala Yousafzai com a colaboração da jornalista Christina Lamb. É uma autobiografia que conta a história da paquistanesa, mas não só. A obra possui conteúdo sobre a religião islâmica, sobre o grupo étnico pashtun, bem como a história de formação do Paquistão, do próprio Talibã e até mesmo da morte de Osama Bin Laden dentro do vale do Swat.
Sua leitura é fácil, mas seus fatos complexos. Suas palavras são tocantes e transformadoras, capazes de nos dar coragem para mudar uma vida inteira. Não há como terminar esta leitura sendo a mesma pessoa que a iniciou. Malala é exemplo de perseverança e sua importância vai além de seu prêmio Nobel. Seu livro é uma aula que aguça não apenas a curiosidade, mas a compaixão e nos dá a triste certeza de que ainda há muito o que fazer.
No país de Malala nascer mulher significava ter a vida permeada por limites, regras e normas específicas, como, por exemplo, de só poder sair na rua acompanhada de uma figura masculina. 
Filha de um professor, desde cedo foi incentivada a buscar por conhecimento e empoderamento. Malala nasceu numa família privilegiada, com um pai revolucionário, que vê o mundo de forma mais justa e que sempre lutou de maneira destemida, persistindo em causas importantes como educação e liberdade para seguir com sua escola.
A história é bastante ampla, pois mostra, além da rotina de Malala, os conflitos políticos e econômicos que acometeram o Paquistão, as mudanças que foram ocorrendo na medida em que ela foi crescendo, o contexto religioso e o ponto crucial que é a questão educacional, que passou a ser restrita apenas aos meninos. Depois dessa restrição, Malala, que já era uma garota com uma opinião formada sobre seus direitos e que escrevia sob um pseudônimo para um blog denunciando as atrocidades cometidas às meninas que tentavam frequentar a escola, mais tarde passou a ser chamada também para dar palestras. Com isso, sua família passou a sofrer inúmeras ameaças e, em outubro de 2012, um homem armado parou o  ônibus escolar procurando por ela e disparou vários tiros em seu rosto.
Narrado em primeira pessoa pela própria Malala, o livro é dividido em cinco partes ("Antes do Talibã", "O vale da morte", "Três meninas, três balas", "Entre a vida e a morte" e "Uma segunda vida"). Ao tratar da história de seu país, Malala apresenta um parâmetro social, econômico e político do Paquistão, deixando claro que lá as taxas de analfabetismo são muito altas, o que contribui bastante para a corrupção e para o avanço do Talibã, que deturpou os ensinamentos do islamismo, de forma a manipular a população de acordo com seus objetivos.
Interessante perceber como a mídia exerce poder, pode controlar as pessoas como aparelho de dominação consentida. É gritante o modo como o Talibã dominou o vale e em pouco tempo o país, através de uma rádio clandestina.
Um livro tocante, que mostra o medo e a aflição de viver em meio a um regime brutal, e a luta através da palavra diante o mundo, para reverter tal situação.



MALALA YOUSAFZAI VEIO AO BRASIL

Ela é Malala Yousafzai.
A jovem paquistanesa de 21 anos veio pela primeira vez ao Brasil em 9 de julho. Ela participou de um evento fechado para convidados, a convite do Itaú Unibanco, em São Paulo, para discutir o papel da educação no desenvolvimento infantil e das mulheres no Brasil. Alunos de escola pública e representantes de ONGs brasileiras também participaram do evento, que foi transmitido pela internet, pelas redes sociais do banco.


segunda-feira, 2 de julho de 2018

RELIGIÃO ISLÂMICA

Esse grupo religioso tem cerca de 1,5 bilhões de adeptos no mundo (cerca de 20% da população do planeta) e sua história nos explica movimentos, culturas e diversos conflitos contemporâneos.
Islamismo é a religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé, em 622. "Islã" é uma palavra árabe que significa “submissão”. Assim, aqueles que obedecem "Alá", e aceitam Maomé como seu profeta, são chamados de muçulmanos. O termo Allah, na língua árabe, significa "Deus".

História

O islamismo surgiu no século VI na Arábia, região do Oriente Médio que era habitada na época por cerca de 5 milhões de pessoas. Eram grupos tanto sedentários como nômades, organizados em tribos e clãs. A população era na maioria politeísta, mas existiam algumas tribos judaicas e algumas de tradição cristã.  
Nesse contexto surgiu o criador do islamismo, o profeta Maomé, chamado de Muhammad pelos muçulmanos, cujo nome completo era Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, sendo que Muhammad significa "louvável" e seu nome completo, inclui o nome "Abd Allah", que significa "servo de Deus".  Este nome já era comum na Arábia antes do surgimento do islão.

Nascido em Meca, na tribo árabe coraixita, especificamente ao clã dos hachemitas, no atual Reino da Arábia Saudita, em 570 da era cristã. Órfão desde cedo, passou a ser criado por seu tio Abu Talib, de quem recebeu educação formal e aprendeu o ofício de comerciar especiarias nas caravanas de camelos transaarianas.
Foi como chefe de caravana que, em 595, Maomé conheceu uma rica viúva, chamada Khadijha, passando a trabalhar para ela. Após demonstrar grande destreza na administração dos negócios de Khadijha, Maomé e a viúva, em comum acordo, casaram-se. Esse casamento transformou substancialmente a vida do então comerciante, que não tinha grande fortuna até o momento.
É importante ressaltar que, antes mesmo de o islamismo firmar-se como religião, em Meca e em outras regiões da Arábia, havia uma confluência de credos, tanto pagãos, politeístas, quanto judaicos e cristãos. Além do monoteísmo judaico e cristão, havia também um terceiro grupo, o dos hanifs, nascido em meio à miscelânea pagã dos grupos tipicamente árabes.
Na época de Maomé, vinham surgindo novas tendências no interior desse politeísmo tradicional: a influência das colônias judaicas e dos cristãos heréticos do mundo arameu, ao norte, e da Etiópia, ao sul, chamava os melhores espíritos para uma religião mais elevada. As divindades particulares continuavam a ser honradas, mas uma delas começava a predominar sobre as outras: Alá, reconhecido como “maior” – Allah akbar. Além disso, encontravam-se já alguns monoteístas – nem judeus nem cristãos – chamados hanifs. (Daniel-Rops, em sua obra A Igreja dos Tempos Bárbaros)
Os pais de Maomé e muitos membros do clã hachemita adoravam Allah, mas foi Maomé que, nos primeiros anos do século VII, começou a sistematizar a crença propriamente islâmica. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um retiro espiritual numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse os versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade.
A tradição muçulmana relata que Maomé começou a ter progressivas revelações dadas por Deus (Alá) por meio do Anjo Gabriel. Essas revelações teriam dado a Maomé a autoridade de ser o Profeta de Alá, isto é, aquele que teria a missão de corrigir as distorções que judeus e cristãos teriam feito das revelações passadas, e a responsabilidade de retirar as tribos árabes politeístas da “era da ignorância” e convertê-las ao Islã.
Maomé começou por converter aqueles que lhe eram mais próximos, como sua esposa, sogro, primos. Entretanto, sua radicalização monoteísta começou a ter efeitos sobre a dinâmica social e econômica da tribo coraixita. Outros clãs de Meca passaram a confrontar e perseguir Maomé e seu grupo de convertidos. A medida que os seus seguidores cresciam, ele se tornava uma ameaça para as tribos locais e os líderes da cidade, cuja riqueza se apoiava na Caaba, o ponto focal da vida religiosa de Meca, que Maomé ameaçava derrubar. Isto era especialmente ofensivo para os coraixitas, a sua própria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nesta altura hospedava centenas de ídolos que os árabes adoravam como deuses.
Com a morte de seu tio e, depois, de sua esposa, Khadijah, que faleceu em 619, Maomé decidiu aceitar o apoio e hospitalidade de famílias residentes na então cidade de Yatreb, para onde migrou em 622. Essa migração, ou fuga, ficou conhecida como Hégira.
Em Yatreb, Maomé conseguiu mais adeptos ao islamismo, de modo que a cidade tornou-se o seu reduto principal e também o seu quartel-general, a ponto de a cidade ter seu nome mudado para Medina (“Cidade do Profeta”). De Medina, Maomé passou a travar sucessivas batalhas contra Meca. A pregação religiosa passou a se entrelaçar com a guerra e a perspectiva de conquista.
O domínio de Meca foi o primeiro passo da grande e rápida expansão islâmica que se veria nos anos seguintes. Maomé morreu dois anos após subjugar sua cidade natal. Sua morte provocou disputas sucessórias que definiriam, mais tarde, os grupos sunita e xiita, característicos do desenvolvimento do islamismo.


Alcorão

O livro sagrado do Islamismo é chamado de "Alcorão" ou "Corão". Nele, estão reunidas as palavras de Deus, reveladas ao profeta Maomé.
De acordo com a religião islâmica, o Alcorão ou Corão, é a coletânea das revelações de Deus ao Profeta Maomé. Ele foi redigido em árabe entre os anos de 610 e 632.
Essa coletânea contém as palavras exatas de Deus, reveladas pelo anjo Gabriel. É visto como um milagre e deve ser preservado sem alteração.
O Corão é dividido em 114 “suratas” (capítulos) de diferentes tamanhos. A primeira surata é uma breve oração introdutória e as demais são organizadas pelo tamanho, começando pela mais longa.
As primeiras suratas reveladas ao Profeta são menores, por isso, grande parte do Alcorão está em ordem cronológica inversa.
Os muçulmanos afirmam que no Alcorão, Deus fala de sua essência, da relação que possui com os seres humanos e de como serão responsabilizados perante o Juízo Final.
Embora o Corão refira-se a Maomé e à comunidade islâmica antiga, oferece orientação moral para povos de todos os períodos e raças. Nele são reconhecidas passagens do Antigo Testamento judaico e cristão; onde Jesus é considerado um grande profeta.

Os Pilares do Islamismo

A Lei Sagrada do Islamismo é chamada de “Sharia”, a “estrada”, pela qual Deus determina que os muçulmanos trilhem.
A Sharia regulamenta todos os aspectos da vida. Esses regulamentos abrangem deveres religiosos essenciais conhecidos como os “Cinco Pilares”, destinados a desenvolver o espírito de submissão a Deus. São eles:

Profissão de Fé: “Só há um Deus e Maomé é seu profeta” é o credo fundamental do Islamismo.
Preces Rituais: Os muçulmanos oram cinco vezes por dia, sempre voltados em direção a Meca: ao amanhecer, ao meio dia, à tarde, ao pôr do sol e ao se deitar, .
Doações: Uma contribuição anual chamada “zakat” é oferecida pelos muçulmanos com posses aos necessitados.
Jejum: Durante o mês islâmico de Ramadã, os muçulmanos jejuam diariamente entre antes do nascer do sol até o anoitecer. Durante o jejum é proibido o consumo de alimentos, bebidas e cigarro. Crianças, doentes e idosos são liberados do jejum de Ramadã.

Peregrinação: A peregrinação à Meca (Hadj) deve ser realizada pelo menos uma vez durante a vida de todo muçulmano. Em Meca, os peregrinos circundam sete vezes um santuário sagrado (a Pedra Negra, conhecida como Caaba) que fica no pátio da Mesquita de Al-Haram, na Arábia Saudita.





sexta-feira, 8 de junho de 2018

Cultura Árabe

Pode ser bastante comum associar "muçulmanos" e "árabes" como sinônimos, o que não é o caso. Enquanto a maioria dos árabes são muçulmanos, é possível encontrar cristãos, judeus e uma variedade de outras crenças religiosas na cultura árabe.
Em comum, esta cultura possui valores como lealdade, honra, tradicionalismo e conservadorismo. 
Valorizam a amizade, o respeito, a paciência e a privacidade acima de tudo.
No que se refere à privacidade, é comum que as casas não permitam que seu interior seja visto do lado de fora.
Outro aspecto importante desta cultura diz respeito as formas de comer. Árabes muçulmanos e judeus não se alimentam de carne de porco, comem somente com a mão direita e normalmente fazem suas refeições sentados no chão.
A língua árabe é outra curiosidade sobre esse povo. Os árabes estão espalhados por toda a península arábica que é o norte da África, o Líbano, Iraque e Jordânia. Eles convivem com outros povos e a língua árabe tem algumas diferenças dependendo do local onde está sendo falada.
A língua árabe só possui 3 vogais e 22 consoantes, a escrita é feita da direita para a esquerda. Esse sistema é chamado de abjad. Curiosamente a escrita é feita apenas com consoantes, deixando para o leitor a tarefa de complementar com a vogal correta. Isso torna a linguagem árabe aberta a interpretações quando é traduzida.
Na matemática, os árabes desenvolveram os algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero. Na medicina, os alquimistas árabes foram os precursores da química moderna. Conta-se que as preocupações com a natureza e a transformação ocorrida nos corpos fizeram com que os alquimistas buscassem o elixir da longa vida. Os resultados obtidos foram bem mais modestos, mas permitiram a descoberta de novos compostos químicos como o álcool, assim como as propriedades fundamentais dos ácidos e sais.
A arquitetura árabe foi grandemente influenciada pela arquitetura persa, indiana e bizantina. As edificações mais célebres foram as mesquitas, construções requintadas e decoradas luxuosamente com fragmentos das sentenças do Alcorão, figuras geométricas, plantas e flores, formando belíssimos arabescos. A representação de figuras humanas ou de animais era proibida.
Na literatura o mais famoso exemplo da prosa muçulmana é a coleção de histórias denominada Mil e uma noites, que reúne fábulas, histórias de aventuras, anedotas e contos familiares,
geralmente reflexos da vida requintada do califado de Bagdá. As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões são exemplos desses contos que ganharam o mundo.
São as indumentárias ou vestimentas árabes que mostram o lado mais conservador desta cultura. Desse modo, os homens podem ser facilmente encontrados vestidos à moda ocidental, com calça jeans e camisa. Podem também usar uma mistura de roupas ocidentais e tradicionais (togas e turbantes). Já as mulheres, costumam se vestir com mais decoro. Utilizam um hijab (tecido que cobre a cabeça sem esconder o rosto), uma abaya(túnica preta e longa) ou um niqab (tecido que cobre a parte inferior do rosto).



quarta-feira, 30 de maio de 2018

PAÍSES DE CULTURA ÁRABE



Os principais países de cultura árabe são:
Península Arábica
  • Iraque
  • Barein
  • Catar
  • Arábia Saudita
  • Emirados Árabes Unidos
  • Iêmen
  • Omã
Vale do Nilo
  • Egito
  • Sudão
Magrebe
  • Líbia
  • Tunísia
  • Argélia
  • Marrocos
  • Mauritânia
  • Saara Ocidental
Crescente Fértil
  • Iraque
  • Líbano
  • Síria
  • Palestina
  • Jordânia
Também são considerados países árabes: Afeganistão, Chipre, Irã, Kuwait, Israel e Turquia.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Glossário ilustrado sobre o mundo muçulmano

Aiatolá - significa sinal de Deus para os muçulmanos. Entre os muçulmanos xiitas, é o alto dignitário na hierarquia religiosa.

O aiatolá Ali Khamenei


Bazar - denominação dos mercados.



Beduínos - tribo nômade que vive no deserto.

Caaba - templo sagrado, com a pedra negra, que foi usada para sacrificar Isaque por seu pai Abraão. Tem 15 metros de altura e fica em Meca.
O templo é coberto por um pano de seda preto e decorado com caligrafia bordada a ouro. a porta do edifício é feita de ouro. No interior o chão é de mármore e calcário. 
O templo visto por dentro. Vídeo em 360º

Califa - representa o profeta após sua morte, acumula funções de liderança política e religiosa, sendo soberano de todos os muçulmanos.



Corão - livro sagrado, significa recitação em árabe.


Hamas - sigla do movimento islâmico de Resistência, o partido islâmico palestino. Fundado em 1987 para lutar contra Israel e a favor da criação do Estado da Palestina.

Hégira -  fuga do profeta Maomé para Medina, marca o início do calendário muçulmano.

Islamismo- religião islâmica. Aquele que se submete a Alá, que crê em Alá.

Jihah - guerra santa, luta em favor de Deus.

Magreb - domínio do norte da África pelos islâmicos (Tunísia, Argélia, Marrocos), significa poente em árabe, significando a conquista da região ocidental.

Medina -  cidade que recebeu Maomé, antiga Yatrib.

Mesquita - templo muçulmano, significa em árabe "lugar reservado a prece".
Mesquita situada na cidade de São Paulo na região do Brás

Minarete - torre da mesquita, utilizada para anunciar orações.
Minarete de mesquita de Santo Amaro, no estado de São Paulo.

Mouro - árabes que invadiram a península ibérica no século VIII.

Muçulmanos - o mesmo que islâmico, da religião muçulmana, denominação de seguidor de Maomé.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

MUNDO ÁRABE


Palavras da Língua Portuguesa de origem árabe

A contribuição dos árabes para o vocabulário português e espanhol foi durante sua permanência de sete séculos na Península Ibérica. O detalhe curioso é que esse al fixado no início das palavras era, na verdade, o artigo definido da língua árabe, daí várias palavras da língua portuguesa começarem com o "al". Na língua de origem, o al acompanha todo e qualquer substantivo, não importa se masculino ou feminino, singular ou plural. Além disso, vem sempre colado à palavra a que se refere – não é possível inserir entre ele e o substantivo qualquer outro vocábulo, como fazemos em nosso idioma: o teu livro, o único livro etc. 
Veja os muitos exemplos destas palavras: 

Açougue                       
Açoite
Açude
Açúcar
Alambique
Alcachofra
Alcaparra
Alcova
Aldeia
Alecrim
Alface
Alfaiate
Alfândega
Alfazema
Alforria
Algarismo
Algema
Algodão
Alicate
Almanaque
Almofada
Almôndega
Almoxarifado
Alqueire
Alambique
Alcateia
Álcool
Algodão
Alicate
Alvará
Armazém
Arroba
Arroz
Auge
Azar
Azeitona
Azul
Azulejo
Café
Chafariz
Elixir
Enxaqueca
Esfirra
Esmeralda
Fulano 
Garrafa
Girafa
Gergelim
Harém
Jarra
Javali
Laranja
Limão
Magazine
Masmorra
Matraca
Nora
Papagaio
Safra
Sofá
Talco
Tambor
Xadrez
Xarope











segunda-feira, 12 de março de 2018

Guerra Civil da Síria



Síria - onde fica esse país?

Oficialmente República Árabe da Síria é um país localizado na Ásia Ocidental, também chamada de Oriente Médio. O território sírio faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste; com a Turquia ao norte; com o Iraque a leste; com a Jordânia ao sul e Israel ao sudoeste. A maior parte do território é coberta por desertos. Damasco é sua cidade mais importante e a capital do país, enquanto Alepo é o segundo município mais significativo.
A Síria é a segunda potência militar árabe, superada apenas pelo Egito.

Dados geográficos e humanos

Extensão territorial: 184.050 km².
Capital: Damasco.
Clima: Mediterrâneo (litoral) e árido (interior).
Governo: República presidencialista (ditadura militar desde 1970).
Idiomas: Árabe (oficial), curdo.
Religiões: Islamismo 92,1%, cristianismo 5,2% (ortodoxos 2,7%, outros 2,5%), sem religião e ateísmo 2,7%.
População: 21.906.156 habitantes. (Homens: 11.056.330; Mulheres: 10.849.826) – dados de março de 2018, não atualizados durante o período das guerras civis
Composição da população: Árabes sírios 90%, curdos 5,9%, circassianos, turcos e armênios 4,1%.

Breve história síria:

Pesquisas arqueológicas afirmam que a ocupação da região que atualmente corresponde à Síria, ocorreu há mais de 5 mil anos. Esse fato proporcionou ao país uma série de elementos históricos: sítios arqueológicos, ruínas romanas na cidade de Palmyra; castelos medievais da época das Cruzadas; construções islâmicas em Damasco.
Ao longo da história, o território da Síria foi dominado por impérios Persa, Macedônico, Romano, Árabe e Turco-Otomano. Na Antiguidade, a Síria compreendia os atuais Estados da Síria, Líbano, Israel e Jordânia, além de parcelas do Egito, Turquia e Iraque.
No período Islâmico a cidade de Damasco era capital do Império Omíada, dinastia turca de califas de Maomé – designação adotada pelo sogro do profeta e seus sucessores, enquanto líderes do Islã. Esta sede política da Síria é considerada um dos centros mais velhos incessantemente povoados em todo o Planeta.
A França realizou o processo de colonização no país durante a primeira metade do século XX.
Depois da Primeira Guerra Mundial e da divisão do Império Otomano foi estabelecido o Mandato francês da Síria, por iniciativa do Mandato da Liga das Nações, ou seja, de uma delegação jurídica fixada pela Sociedade das Nações; um integrante deste grupo deveria, assim, gerir uma região alemã ou turca existente no passado.
Inglaterra e França dividem este território – ingleses ao sul, no espaço que hoje compreende Palestina e Jordânia, e franceses no restante da Síria Otomana – Síria, Líbano e Província de Hatay, localizada na Turquia. Em 1946 este país conquistou sua liberdade, se tornando independente.
A Síria é grande opositora da política israelense, sendo que as duas nações se envolveram em um conflito armado, denominado Guerra dos Seis Dias, em 1967. Nessa guerra contra Israel uma vasta porção de suas terras foi aniquilada, e os israelitas invadiram os Montes Golã. Desta forma estruturou-se entre os habitantes da Síria um sentimento de aversão pela população de Israel. Assim, não surpreende que tantos palestinos exilados residam neste país, completamente adaptados à sua vida social. É natural também que a Síria apoie o Líbano, igualmente perseguido pelos israelitas.

Intervenção no Líbano - Em 1976, a Síria intervém na guerra civil do Líbano, patrocinando várias facções em luta. Para eliminar qualquer obstáculo à sua hegemonia no Líbano, o governo sírio articula uma facção dissidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) contra a liderança de Yasser Arafat. Em 1983, após violentos combates, o chefe palestino e 4 mil seguidores deixam o Líbano. No plano interno, Hafez Assad comanda um regime autoritário. No o ano de 1982, como represália aos atentados da Confraria Muçulmana, organização de perfil tradicionalista, o governo desencadeia uma brutal repressão contra a cidade síria de Hamah, matando mais de 20 mil pessoas.

Guerra do Golfo - Isolado no mundo árabe e bastante dependente do apoio soviético, Assad aproveita-se da Guerra do Golfo (1990/91) para dar uma guinada na política externa e apoia a intervenção norte-americana no Kuwait, chegando a enviar tropas à Arábia Saudita. Em retribuição, obtém dos EUA o sinal verde para impor ao Líbano uma solução síria para a guerra civil.
Reformas na legislação para atrair capitais estrangeiros, distensão com Israel e algumas medidas liberalizantes no âmbito interno (como a extinção da pena de morte) são as mudanças após a Guerra do Golfo. Em agosto de 1994, o Partido Baath vence as eleições legislativas. Em dezembro de 1995, o governo anistia centenas de presos políticos.
Em junho de 1996, o serviço de inteligência dos EUA revela a ocorrência de atentados à bomba em cidades sírias e os atribui a novos focos de tensão com a Turquia. Os motivos seriam o apoio sírio a uma facção separatista curda e o acordo de cooperação militar que a Turquia assinou com Israel. No mesmo mês, a Síria desloca 40 mil soldados para a fronteira com a Turquia.

Relações com Israel - Com os acordos de paz entre palestinos e israelenses, iniciados em setembro de 1993, a Síria perde a posição de liderança árabe nas negociações multilaterais com Israel. Em janeiro de 1994, o presidente dos EUA Bill Clinton, reúne-se com Assad, que garante que a Síria quer normalizar as relações com Israel. O presidente sírio exige a retirada total de Israel das Colinas de Golã. Em dezembro de 1995, Síria e Israel definem pontos básicos para um acordo de paz. O processo é interrompido em março de 1996, quando a Síria não reprova os atentados terroristas em Israel. No mês seguinte, Israel ataca o sul do Líbano, em represália a ataques do grupo Hezbollah, que a Síria permite que atue no território libanês. As negociações de paz são praticamente paralisadas com a eleição, em maio de 1996, do primeiro ministro israelense Binyamin Netanyahu.

A Síria nos anos 2000
Em 10 de junho de 2000, ocorreu a morte Hafez Al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar Al-Assad, que assumiu o cargo em julho.
Em junho de 2001, a Síria completou a retirada de suas tropas de Beirute, um ano após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, tal retirada era objeto de uma campanha do patriarca cristão maronita Nasrallah Sfeir.
Em outubro de 2001, a Síria conseguiu um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com forte apoio dos países da Ásia e da África, derrotando a oposição por parte dos Estados Unidos e de Israel.
Em abril de 2002 foi permitido o estabelecimento de bancos privados e, pouco depois, foi autorizado o funcionamento de uma estação de rádio privada, sendo sua programação restrita à difusão musical.
Em maio de 2002, o Papa João Paulo II visitou a Síria e Bashar Al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao suportado por Jesus Cristo. Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova atitude de compreensão e respeito entre cristãos, muçulmanos e judeus.
Em agosto de 2001, o primeiro-ministro Mohammed Mustafa Miro visitou o Iraque, na primeira viagem de um dirigente sírio de altíssimo nível àquele país desde o apoio Síria ao Irã durante a Guerra Irã-Iraque.
Em novembro de 2001, foram libertadas dezenas de prisioneiros políticos pertencentes à Irmandade Muçulmana, fato que foi elogiado pela Anistia Internacional.
Em abril de 2002, uma estação de radar síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses, como represália a um ataque de guerrilheiros do Hezbollah.
Em maio de 2002, John Bolton, um graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado “eixo do mal”, acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em massa.
Em abril de 2003, com a invasão do Iraque já em andamento, os Estados Unidos ameaçaram a Síria com sanções econômicas e diplomáticas, dizendo que o regime síria protegia fugitivos do regime deposto no Iraque. O governo sírio rejeitou as acusações.
Em janeiro de 2004, Bashar Al-Assad se tornou o primeiro presidente sírio a visitar a Turquia, aquela viagem marcou o início da redução da tensão nas relações entre os dois países vizinhos.
Em 8 de março de 2004, o Comitê de Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria organizou um protesto sem precedentes em Damasco para exigir democracia e liberdade para os presos políticos, dois líderes daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan Wattfa) foram presos durante dois meses.
Em abril de 2004, houve uma explosão em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco, após a explosão, ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a fundamentalistas islâmicos.
Em maio de 2004, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Síria sob a acusação de apoio ao terrorismo e de não impedir a entrada de guerrilheiros que lutavam contra a ocupação americana no Iraque.
Em fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, um líder sunita que se opunha à influência da Síria no Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute, o regime sírio foi acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências ocidentais e a oposição libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas e agentes de inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano. Bashar Al-Assad reuniu-se com o presidente libanês Emile Lahoud, e estabeleceu um cronograma de retirada que foi totalmente cumprido antes das eleições gerais libanesas que ocorreram em maio daquele ano.
No início de fevereiro 2006, manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas estavam situadas da Dinamarca e da Noruega, durante um protesto contra a publicação em um jornal dinamarquês de charges satirizando o profeta Maomé. As embaixadas do Chile e da Suécia, localizadas no mesmo edifício sofreram danos menores. Uma semana depois, Dinamarca fechou sua embaixada no país, e acusou as autoridades sírias de não garantir um mínimo de segurança aos funcionários dinamarqueses.
Em maio de 2007, Bashar Al-Assad foi reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62% dos votos em um referendo.
Em agosto de 2007, Bashar Al-Assad reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã, ao declarar que: "Nosso desejo de paz não significa que desistamos de nossos direitos. Nós não vamos aceitar menos do que a recuperação do Golã, a volta das fronteiras existentes em 04 de junho de 1967", tal declaração foi feita como um preâmbulo de uma possível reabertura das negociações de paz com Israel, suspensas desde 2000 por causa das diferenças sobre o Golã.

Guerra Civil Síria

A Revolta na Síria em 2011-2012 (às vezes referido como Guerra Civil Síria) é um conflito interno em andamento na Síria; iniciaram como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para revolta armada em 15 de Março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos na região. As manifestações populares por mudanças no governo foram descritas como "sem precedentes".
Foram iniciados como uma mobilização social e midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação. A Síria tem estado em estado de emergência desde 1962, que efetivamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos. Os protestos começaram em frente ao parlamento sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco.
Os protestos em 18 e 19 de março foram os maiores que ocorreram na Síria em décadas, tendo as autoridades sírias respondido com violência contra os manifestantes. O Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, chamou o uso da força letal de "inaceitável".
Após a morte de mais de oitenta rebeldes sírios, a União Europeia, representada por Catherine Ashton, classificou a situação do país como "intolerável" e solicitou que reformas ocorram na Síria.
Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião. O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civis. Muitos militares se recusaram em obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado. Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio. Os combates então se intensificaram, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores. De acordo com um relatório da ONU, a luta se transformou numa guerra civil.
Segundo informações de ativistas de direitos humanos dentro e fora da Síria, o número de mortos no levante popular chegou a mais de 18 mil. Outras 100 mil pessoas teriam sido detidas pelo governo.
A Cruz Vermelha classificou em 15 de julho de 2012 este conflito como guerra civil. O termo preciso foi "conflito armado não-internacional", abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de guerra.


COMO A GUERRA CIVIL NA SÍRIA SE INTENSIFICOU?

Após a represália do governo de Assad contra os jovens que estavam se rebelando contra o regime, alguns grupos foram formados a fim de combater, de fato, as forças governamentais e tomar o controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e depois a Aleppo em 2012. Mas desde que começou, a guerra civil na Síria mudou muito.
O Estado Islâmico aproveitou o vácuo de representação por parte do governo, a revolta da sociedade civil e a guerra brutal que acontece Síria para fazer seu espaço. Foi conquistando territórios tão abrangentes, tanto na Síria como no Iraque, que proclamou seu ‘califado’ em 2014. Para isso, tiveram de lutar contra todos: rebeldes, governistas, outros grupos terroristas – como se tivessem feito uma guerra dentro da guerra.

Agentes externos: EUA x Rússia

Pelo avanço do Estado Islâmico no ganho de territórios, os Estados Unidos fizeram ataques aéreos na Síria em tentativa de enfraquecê-lo, evitando ataques que pudessem beneficiar as forças de Assad – isso em 2014. Em 2015, a Rússia fez o mesmo contra terroristas na Síria, mas ativistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados pelo Ocidente.
A Rússia e os Estados Unidos querem o fim do Estado Islâmico. Porém, os Estados Unidos querem a queda do governo de Bashar Al-Assad – por considerarem que seu regime não democrático é prejudicial à Síria – e, por isso apoia os rebeldes; por outro lado, a Rússia acredita na força de Assad e está apoiando seu regime. A Síria, então, é o território do fogo cruzado dessa guerra fria.

GRUPOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO DA SÍRIA

GOVERNO SÍRIO E ALIADOS

Apesar de não apoiarem o ditador Bashar Al-Assad, cristãos, xiitas e até parte da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado pelos extremistas.
Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã e do grupo libanês Hezbollah. Juntos eles formam um “eixo xiita” – ou seja, seguem essa interpretação da religião islâmica – no Oriente Médio. O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O principal aliado de fora é a Rússia, que mantém uma antiga parceria com a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas, quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas forças russas têm sido fundamentais para a sobrevivência do regime de Assad e o seu recente fortalecimento no conflito.

GRUPOS REBELDES

Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra o governo sírio foram os grupos sunitas, que se opunham a Assad. Os sunitas têm dezenas de ramificações e ideologias, mas unem-se com o princípio básico de derrubar Assad. São chamados de “rebeldes moderados”, por não serem adeptos do radicalismo islâmico. A maior expressão entre eles é o Exército Livre da Síria (ELS). A organização está envolvida com países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo de derrubar o governo de Assad. Três grandes potências no Oriente Médio também colaboram com os rebeldes: Turquia, Arábia Saudita e Catar, relevando os interesses dos países próximos à Síria, também.

EXTREMISTAS ISLÂMICOS

Entre os grupos que querem derrubar Assad, há também facções extremistas islâmicas, que estão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno, principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente Al-Nusra, um braço da rede extremista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio. Em 2014, o E.I. dominou algumas áreas na Síria e no Iraque, as quais chamou de califados – o termo se refere aos antigos impérios islâmicos depois de Maomé, que seguiam rigorosamente as leis islâmicas. É considerada a organização terrorista mais poderosa e perigosa no mundo hoje.

CURDOS

Os curdos são uma etnia apátrida (sem Estado e território próprios) de 27 a 36 milhões de pessoas. Eles vivem em diversos países, inclusive na Síria, e reivindicam a criação de um Estado para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do conflito na Síria, uma milícia chamada Unidade de Defesa Popular foi formada para defender as regiões habitadas pelos curdos no norte do país e se fortaleceu tanto que hoje tomou conta de um grande território perto da fronteira turca. Para o regime de Assad, tornaram-se bastante úteis, porque a milícia se opõe tanto aos rebeldes moderados como aos extremistas do Estado Islâmico.






bibliografia: brasilescola.uol.com.br
infoescola.com
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geoconceicao.blogspot.com.br
politize.com.br/guerra-civil-na-siria
blog.redesagrado.com.br/ensino-medio/infografico