sábado, 8 de setembro de 2012





Os livros não matam a fome,
não suprimem a míseria,
não acabam com a desigualdades e com as injustiças do mundo,
mas consolam as almas, e fazem-nos sonhar
                                OLAVO BILAC

JÁ DIZIA NELSON CAVAQUINHO:

Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais



  "Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes!!!" 
 
Acredito nisso. Quantas flores são empilhadas em um funeral e quantas flores a pessoa recebe em vida? Aqui vai uma flor virtual minha para você! 
                              Aproveite seu dia! 

domingo, 26 de agosto de 2012



Eu sei, mas não devia


Eu sei, mas não devia:
Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


Ótima reflexão... e EU NÃO ME ACOSTUMO!!!




domingo, 5 de agosto de 2012

Achei esse texto perfeito.....também tenho essa vontade de não desarmar mais a árvore de Natal....


A vida é curta

Amanhã é Dia de Reis. Segundo a tradição, é quando se deve desmontar a árvore de Natal, mas fico pensando se a trabalheira não será à toa. O próximo Natal já se aproxima, não seria mais conveniente deixar a árvore onde está, como um enfeite vitalício da casa? O espaço entre dois Natais nunca foi tão curto.
Constatado o milagre da redução dos anos (antigamente eles possuíam 365 dias, mas desconfio de que somem hoje no máximo uns 274), o melhor a fazer é desfrutar o tempo que nos resta.
Pra começar, chega de seguir ao pé da letra as regras de bem viver estabelecidas pela intelectualidade. Claro que cultura é importante, que não se deve desdenhar da sabedoria transmitida pelos filósofos, que a inteligência é o valor maior. Mas basta desse monopólio: é chegada a hora de valorizar também os instintos.
Se a palavra de ordem é produzir, produzir, produzir, responda com uma boa soneca: durma depois do almoço. Assuma o espanhol que há em você: siesta! Se não puder sair do escritório, tire um cochilo onde estiver, estique-se em algum canto, durma no carro, dentro do banheiro, sentado numa cadeira. Feche os olhos e desapareça por 20 minutos, mesmo que todos continuem vendo.
Você está indo bem na terapia, quase acredita que está se curando, ainda que não tenha entendido exatamente do que deve se curar. Mas, sem que seu digníssimo analista suspeite, reprise alguns de seus erros de vez em quando. Recaia. Sucumba. Vai atrasar o tratamento? Vai. Mas logo, logo, é Natal, jingle bell, paz na terra, estarão todos perdoados por terem reincidido em seus pequenos e deliciosos crimes contra si mesmo.
Se dirigir, não beba. Se costuma ficar violento, não beba.Se é do tipo que dá vexame, não beba. Se tem um histórico de alcoolismo, não beba. Mas se não for colocar ninguém em risco, muito menos a si próprio, celebre. Tim-tim!
E se é verdade que dentro do mais chique dos mortais há um brega enrustido que não vê a hora de se manifestar, eis o momento. Abuse do Roberto Carlos, cante no chuveiro, leia um best-seller daqueles que fazem seus amigos torcerem o nariz e enfeite seu drinque colocando nele uma sombrinha de papel colorido.
A sombrinha de coquetel é o símbolo máximo do “estou nem aí para o que irão pensar, sempre quis me sentir num luau havaiano”. Pode ser uma sombrinha metafórica, desde que simbolize seu estado de espírito, que faça parte do plano de desestressar e curtir a seu modo o restinho de ano que sobra. Estamos em janeiro, o inverno é amanhã e o Natal não demora. Contra-ataque com a sombrinha.


Martha Medeiros - Jornal Zero Hora - 05 janeiro 2011



I MOSTRA CULTURAL DE DESCALVADO


No dia 26 de junho de 2012 aconteceu a I Mostra Cultural de Descalvado, em todas as   escolas do  município (Fundamental II). Através desta mostra apresentamos várias atividades que foram desenvolvidas ao longo do 1º semestre.Fiquei responsável pela organização do livro digital sobre o livro "Nuno descobre o Brasil", da autoria de José Roberto Torero e Marcus Aurélius Pimenta, projeto interdisciplinar que possibilitou que os professores de Língua Portuguesa, História e Artes trabalhassem conjuntamente. As professoras de Língua Portuguesa leram o livro com os alunos e fizeram a reescrita dos capítulos, as professoras de Artes coordenaram a realização das ilustrações dos capítulos e eu, de História, expliquei a versão histórica, casando com a versão do livro, e utilizando o Power Point, montei o livro digital das escolas EMEF Prof. Andrelino Casare e EMEF Profª Edna Maria do Amaral Marini.Nas escolas organizamos uma sala para a exposição do livro, com as ilustrações originais dos alunos, cartazes sobre o descobrimento do Brasil e as versões desse descobrimento, e demais atividades trabalhadas também pelas professoras de Artes e Língua Portuguesa, a parte desse trabalho sobre o livro "Nuno", como por exemplo os diários de leitura e pinturas realizadas pelos alunos. O ponto alto dessa sala de exposição foram os alunos caracterizados como personagens do livro, que chamavam a atenção dos visitantes - alunos da escola, professores que trabalham no NAE (Núcleo de Apoio a Educação) e supervisores de ensino da SEEC (Secretaria de Educação e Cultura de Descalvado).Algumas fotos do evento: (mesclei fotos das duas escolas, acrescentarei mais algumas dos alunos do Andrelino posteriormente)



 
















Professores responsáveis na EMEF Prof. Andrelino Casare:

Ana Lígia Strozzi – História
Renan Arnoni - História
Denise Motta - Língua Portuguesa
Tamiris Presunti – Língua Portuguesa
Maria Aparecida Queiroz - Língua Portuguesa
Maria Lúcia de Oliveira – Artes

 Professores responsáveis na EMEF Profª Edna Maria do Amaral Marini:

Adriana Zini Silva - Língua Portuguesa
Alessandra Mussolini - Artes
Ana Lígia Strozzi – História
Liliane Utinetti – História
Joslaine Regina de Oliveira - Língua Portuguesa
Valéria de Paula Formoso - Língua Portuguesa
Zainab Ayoub - Língua Portuguesa





quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mundo mágico






"Pela primeira vez na minha vida, entendi o que é um livro. Um livro é um mundo mágico cheio de pequenos símbolos que podem ressuscitar os mortos e dar vida eterna aos vivos. É incrível, fantástico e 'mágico' que as vinte e seis letras do alfabeto possam ser combinadas de tantas maneiras, que elas possam encher com livros estantes gigantescas, levando-nos para um mundo que nunca tem fim e nunca cessará de crescer e se expandir, enquanto na Terra existirem humanos. "
                         GAARDER, J. A biblioteca mágica de Bibi Bokken, 2003, p. 148

domingo, 13 de maio de 2012

TODA MULHER É MÃE.......




Mesmo que nunca tenha gerado um filho, mesmo que nunca venha a gerá-lo. Toda mulher é mãe, primeiro da boneca, mais tarde dos irmãos, casada é mãe do marido.
Sem filho, será mãe adotiva. Entregará a alguém os benefícios do seu amor, os sobrinhos, os filhos alheios. Uma causa justa.
Não basta somente um dia para consagrar às mães, porque o seu amor e o seu carinho foram, são e serão sempre intermináveis. É uma história que não tem começo nem fim, porque nossas mães nos sonharam muito antes de nossa existência uterina, nos amaram bem antes de ver as nossas faces - e nos pressentiram um futuro feliz quando ainda nem éramos presentes.
Não basta apenas um dia para agradecer tudo o que nossas mães fizeram por nós. Se raras são as palavras para traduzir todos os gestos e afetos que recebemos de nossas mães, generosas são as lembranças de sua sabedoria e ensinamentos.
Não basta um dia. O Dia das Mães é um dia para sempre. Porque as mães são infinitamente ternas. E sempre eternas.
A maternidade e irreprimível, como uma fonte de água que uma pedra obstrui, ela vai brotar adiante.
A maternidade não tem fronteira, não tem cor, não tem preferências.
E das poucas coisas que se bastam a si mesmas.
Tem sua própria devoção : a Esperança.
                                   Tem sua própria ideologia : o Amor.

sábado, 12 de maio de 2012

ORAÇÃO DA SERENIDADE

Concedei-me Senhor a Serenidade
Para aceitar as coisas que não posso mudar
Coragem para mudar as coisas que posso;
E Sabedoria para discernir a diferença
Viver um dia de cada vez;
Aproveitar um momento de cada vez;
Aceitar as dificuldades como o caminho para a paz;
Tomar, como Jesus o fez, este mundo pecaminoso
Como ele é, não como gostaria que fosse;
Confiando que Ele tornará todas as coisas corretas
Se eu me submeter à Sua vontade;
Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida
E infinitamente feliz com Ele
para sempre na próxima.
Amém.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desiderata



Siga tranquilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. 
Tanto quanto possível, sem humilhar-se, 
viva em harmonia com todos os que o cercam. 
Fale a sua verdade mansa e claramente e ouça a dos outros, 
mesmo a dos insensatos e ignorantes, 
eles também têm sua própria história. 
Evite as pessoas agressivas e transtornadas. 
Elas afligem o nosso espírito.
Se você se comparar com os outros,
você se tornará presunçoso e magoado,
pois haverá sempre alguém inferior, e alguém superior a você.
Viva intensamente o que já pôde realizar.
Mantenha-se interessado em seu trabalho,
ainda que humilde, Ele é o que de real existe
ao longo de todo o tempo.
Seja cauteloso nos negócios,
porque o mundo está cheio de astúcias,
mas não saia da descrença, a virtude existirá sempre.
Muita gente luta por altos ideais
e em toda a parte a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo,
Principalmente, não simule afeição,
nem seja descrente do amor,
porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto
ele é tão perene quanto a relva.
Aceite com carinho o conselho dos mais velhos ,
mas também seja compreensivo
aos impulsos inovadores da juventude.
Alimente a força do espírito
que o protegerá no infortúnio inesperado,
mas não se desespere com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão,
e a despeito de uma disciplina rigorosa,
Seja gentil para consigo mesmo.
Você é filho do Universo,
irmão das estrelas e árvores.
Você merece estar aqui,
O seu destino.
Portanto, esteja em paz com Deus
como quer que você o conceba
E quaisquer que sejam seus trabalhos e as aspirações,
na fatigante jornada pela vida,
mantenha-se em paz com sua própria alma,
Acima da falsidade, dos desencantos e arduras,
O mundo ainda é bonito.
Seja prudente e faça tudo para ser feliz!


quinta-feira, 19 de abril de 2012

PERDENDO O SENTIDO - BANDA FENÍCIA


E sei que estão errados, sei que estamos sim
E acho isso um fato, é o começo
A vida é um jogo de tropeço
Estamos enlaçados sem saber o fim
E sem história não vivemos
Onde será que nos prenderam...
Tem... tem algo errado no contexto
Segue a ordem sem mudar o fim
Agora estou farto pra um começo
Não desiste da vida pelo preço
Está tudo acabado neste trecho
Espero encontrar paz e um desfecho
E nesse jogo nos perdemos
Nós esquecemos de plantar o bem
Bem eu estou em desespero
Me perdoe por mudar o fim
E esse jogo me surpreende mais conforme passa assim
São nossas vidas mudando o texto que foi escrito por mim
Se as lembranças cicatrizassem!

(ESSA MÚSICA FOI TOCADA NO ENTERRO DE MEU PRIMO GUTO COMO HOMENAGEM DOS AMIGOS DA BANDA... E COMO ESSA MÚSICA SE ENCAIXA AO MOMENTO QUE EU ESTOU VIVENDO! A VIDA É MESMO UM JOGO DE TROPEÇO, UM ATRÁS DO OUTRO... VOU TROPEÇANDO, CAINDO, ME MACHUCANDO, CAINDO DE NOVO, CHACOALHANDO A POEIRA, PASSANDO MERTIOLATE, COLANDO UM BAND-AID, MAS TENTANDO SEGUIR ADIANTE.COMO PRECISO QUE MINHAS LEMBRANÇAS CICATRIZEM!SÓ ISSO QUE TENHO PEDIDO A DEUS - ESQUECER.)


domingo, 15 de abril de 2012

O Melhor de você...



A melhor coisa que você pode dar ao inimigo, é o seu perdão. 
Ao adversário, sua tolerância. 
Ao amigo, sua atenção. 
Ao filho, bons exemplos. 
Ao pai, sua consideração. 
A mãe, comportamento que a faça sentir orgulhosa.
A todos os homens, caridade. 
A você próprio, respeito. 

Benjamin Franklin

quarta-feira, 28 de março de 2012

Singela homenagem a Millôr Fernandes

Um dos mais perspicazes e respeitados intelectuais do meio cultural brasileiro, Millôr Fernandes, que morreu dia 27 de março deste corrente ano,  em sua casa no Rio de Janeiro, era conhecido por ser um grande frasista, sempre presente nas minhas aulas, nas famosas "frases do dia":
- Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder.
- Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem.
- Brasil, condenado à esperança.
- Um banqueiro pode escrever falsa literatura. Mas vá um escritor falsificar um cheque.
- Arte é intriga.
- A malandragem é a arte de disfarçar a ociosidade.
- Todo homem nasce original e morre plágio.
                                          Adeus, Millôr... Esse foi rir lá do céu.                                        

domingo, 18 de março de 2012

Poesia: alívio para os nossos desalentos

Não pretendo que a poesia seja um antídoto para a tecnocracia atual.
Mas sim um alívio.
Como quem se livra de vez em quando de um sapato apertado e passeia descalço sobre a relva, ficando assim mais próximo da natureza, mais por dentro da vida.
Porque as máquinas um dia viram sucata. A poesia, nunca.
Mario Quintana


A CADA MILÁGRIMAS SAI UM MILAGRE.



"EM CASO DE DOR, PONHA GELO.
MUDE O CORTE DO CABELO.
MUDE COMO MODELO. VÁ AO CINEMA, DÊ UM SORRISO.
AINDA QUE AMARELO. ESQUEÇA SEU COTOVELO.
SE AMARGO FOR JÁ TER SIDO.
TROQUE JÁ ESSE VESTIDO. TROQUE O PADRÃO DO TECIDO.
SAIA DO SÉRIO. DEIXE OS CRITÉRIOS
SIGA TODOS OS SENTIDOS.
FAÇA FAZER SENTIDO.
A CADA MILÁGRIMAS SAI UM MILAGRE. 
EM CASO DE TRISTEZA VIRE A MESA.
COMA SÓ A SOBREMESA. 
COMA SOMENTE A CEREJA.
JOGUE PARA CIMA, FAÇA CENA.
CANTE AS RIMAS DE UM POEMA.
SOFRA APENAS, VIVA APENAS.
SENDO SÓ FISSURA, SENDO SÓ LOUCURA.
QUEM SABE CASANDO CURA.
NINGUÉM SABE O QUE PROCURA.FAÇA UMA NOVENA, REZE UM TERÇO.
CAI FORA DO CONTEXTO, INVENTE SEU ENDEREÇO.
A CADA MILÁGRIMAS SAI UM MILAGRE. 
MAS SE APESAR DE BANAL
CHORAR FOR INEVITÁVEL.
SINTA O GOSTO DO SAL. SINTA O GOSTO DO SAL.
GOTA A GOTA, UMA A UMA.
DUAS, TRÊS, DEZ, CEM MIL LÁGRIMAS, SINTA O MILAGRE.
A CADA MILÁGRIMAS SAI UM MILAGRE". 

                                  Alice Ruiz


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

APESAR DAS DECEPÇÕES...

"O coração da gente gosta de atenção.
De cuidados cotidianos.
De mimos repentinos.
De ser alimentado com iguarias finas.
Com beleza, o riso, o afeto."

Ana Jácomo

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CADÊ A ESPERANÇA???





Prosseguimos. Reinauguramos. Abrimos olhos gulosos
a um sol diferente que nos acorda para os descobrimentos.
Esta é a magia do tempo.
Esta é a colheita particular.



- Carlos Drummond de Andrade –

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

    
 Eu tenho medos bobos e coragens absurdas.” 

                 Clarice Lispector



domingo, 5 de fevereiro de 2012

RECOMEÇO DAS AULAS



                                         COMEÇAR DE NOVO...


Amanhã voltam as aulas, a rotina de muitas aulas em pé tentando ensinar ao meus alunos sobre o mundo, o meu mundo.
A matéria que leciono é uma das mais importantes, põe o aluno a entender o mundo que vive.
Estou animada, como todo começo de ano, eu sempre me reanimo, como nos anos de faculdade, que eu achava que era capaz de mudar o mundo, o nosso mundo.
Hoje sou um pouco mais realista, sei que sozinha eu não consigo, mas que com meu entusiasmo eu posso encontrar pessoas que poderão me ajudar nessa empreitada: tornar melhor o mundo que vivemos, para todos!


FELIZ VOLTA ÀS AULAS! DEDIQUE-SE, POIS O FUTURO SERÁ SEU!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MANTRA, PARA RECOMEÇAR... (MAINHDRA - MÃE UNIVERSAL)

"Mainhdra, Nossa Mãe, 
Dá-nos um coração simples, 
para que não seja consumido pelas tristezas; 
um coração terno, para a compaixão; 
um coração fiel e generoso, 
que não esqueça nenhum bem, 
nem guarde rancor por mal algum. 
Dá-nos um coração grande e indomável, 
que nenhuma ingratidão encerre, 
que nenhuma indiferença o alcance, 
por que a medida do Amor 
É amar sem medida".

sábado, 28 de janeiro de 2012

QUE YOANI CONSIGA O DIREITO DE SAIR DE CUBA

Sempre tive simpatia por este país, cujas imagens belíssimas de uma natureza exuberante enfeitam as páginas de imagens do Google. Sempre soube que o povo cubano vivia em condições lamentáveis quanto aos seus direitos civis, denunciados vez ou outra por alguém corajoso o bastante para desafiar o governo, que impõe forte opressão à liberdade de expressão. Mas "viajar" pelas páginas do blog de Yoani Sánches me fez ver uma realidade muito mais dura e cruel do que eu imaginava... Nós brasileiros passamos por anos de chumbo na ditadura militar, mas os anos de chumbo cubanos parece que nunca irão terminar, matando a esperança de muitos de ver o país livre, democrático...
Me envergonho pelo meu blog cheio de coisinhas e bobagenzinhas, perante essa realidade tão dura, crua e nua que o povo cubano vive. A nós chega as notícias de taxa zero em analfabetismo, saúde e educação de qualidade, incentivos aos esportes. Passo a duvidar de tudo que já ouvi falar sobre Cuba, passo a ter medo de toda amizade que nossos governantes dirigem aos dirigentes cubanos.
Nossa presidente deu o visto de entrada para Yoani, mas é preciso primeiro a permissão de saída. Que ela consiga sair, vir ao nosso país e sentir o cheiro da liberdade. E que tenha ideias para despertar os jovens cubanos do comodismo, da aceitação, a voltarem a ter esperança.




Neste site está mais informações sobre Yoani Sanchez:
http://editoracontexto.com.br/decubacomcarinho/


Este é o blog de Yoani Sanchez:
http://desdecuba.com/generaciony_pt/

sábado, 21 de janeiro de 2012

"Também a vida requer que façamos coleta seletiva
de pessoas e emoções.Tudo o que nos maltrata deve entrar
imediatamente na lista dos descartáveis não-recicláveis."

-Aíla Sampaio-

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Os versos da Morte



A morte liberta o escravo,
A morte submete o rei e papa
E paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde
E toma ao rico o que ele abocanha.

Hélinand de Froidmont, em ‘Os Versos da Morte’

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

DIA DE REIS




Salve! Salve! O dia de Santo Reis!
 
Hoje é o dia de Santo Reis
Gaspar o que vai com amor
Baltasar obediente a Deus
Belchior suavizador
Festejando o Salvador...
Hoje é dia de Santo Reis
Neste ato de afeição!
Ofereça uma flor, o coração
O olhar abrasador
O abraço acalentador
Nestas prendas de emoção
Hoje é dia de Santo Reis
De sanfona, violão
De coloridas fitas, pandeiro na mão
Canção!
Hoje é dia de Santo Reis
Gestos de ternura
Poesia... Candura
Salve! Salve! O dia de Santo Reis!

Luciano Spagnol
Rio, 06/01/2011,



domingo, 1 de janeiro de 2012

FELIZ ANO NOVO! QUE VENHA 2012...






No ano novo quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. 
Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, 
sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer meu
coração arrepiar mais frequentemente de ternura diante de cada
beleza revista ou inaugurada.
Quero sair por ai de mãos dadas com a criança que me habita, 
sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte...
Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo.
Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa 
de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos 
sonhos, mesmo àqueles mais antigos que apesar do tempo, 
souberam conservar o seu viço.
Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza. 
Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas...
Das alegrias que começam a florir dentro da gente.


                                                                                            - Ana Jácomo –