domingo, 1 de fevereiro de 2015

Minhas considerações sobre o livro "ANSIEDADE - COMO ENFRENTAR O MAL DO SÉCULO", de Augusto Cury - Parte 1


Quero esclarecer que isso não é uma resenha. Esse livro me foi emprestado por um grande amigo e tenho a felicidade de poder conversar sobre livros com ele. Como moramos em cidades distantes, conforme li o livro, fui fazendo anotações sobre meus pensamentos e sentimentos em relação ao que estava lendo, para poder enviar pelo correio, junto com a devolução do livro.
Eis o que escrevi:

Logo nos agradecimentos já encontrei uma questão que me fez refletir: "felizmente as mulheres estão dominando o mundo". Ao mesmo tempo que concordo que existem muitas mulheres com qualidades que se destacam na nossa sociedade, pela minha experiência de trombar com pessoas tão falhas, vejo que os homens, na sua praticidade, são muito mais fáceis de se lidar e de se conviver.
No prefácio diz que essa época é a era do tédio. Eu não sei os outros, mas eu não sinto tédio à anos. Sempre tenho milhões de coisas a fazer e sinto incrível prazer em ficar deitada, dormir, sentada vendo os passarinhos na árvore do vizinho, ficar à toa. Quando era adolescente eu sentia tédio. Depois de adulta, nunca mais.
Gosto de ficar sozinha, com meus pensamentos, com meus autodiálogos, mas só depois que comecei a ir na psicóloga que passei a me conhecer melhor, a ir a fundo em sentimentos mais complexos, aqueles que eu queria era esquecer...
Eu sempre fui muito ansiosa, desde criança. Aliás, minha mãe precisou me levar no médico quando eu tinha 3 anos porque eu me batia quando as coisas davam errado ou minhas vontades não eram atendidas.
Tenho o pensamento acelerado e percebo isso principalmente a noite, pois mesmo dormindo, penso ininterruptamente. Essa dificuldade de desligar me deixa muito cansada. Já percebi que  quando jogo esses joguinhos no computador ou no celular, sonho estar jogando. é um indício que meu cérebro continua a todo vapor.
Sempre digo que nossa sociedade está doente e cada vez mais as doenças psíquicas individuais atrapalham o coletivo, já que as relações sociais estão num ponto onde temos medo do outro.
Desde outros livros do Cury que li que sei que possuo a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), por ter todos os sintomas citados: dor de cabeça, cansaço ao acordar, irritação, ansiedade, sono agitado. Só não imaginava que esses sintomas poderiam ser confundidos com depressão.
Cury utiliza-se sempre em seus livros de exemplos da vida do maior mestre que essa Terra já viu e não na questão religiosa, mas psicológica, e o respeito por suas características emocionais claras em suas atitudes, me encanta.
Achei muito interessante a colocação que as informações dos livros também influenciam na formação de nossos pensamentos. Será que quem não lê tem pensamentos menos complexos?
Um dos meus maiores sofrimentos é mesmo sofrer por antecipação. É difícil mudar o foco quando isso acontece, seja qual for o motivo. Quanto mais traumática a experiência, mais difícil de tirá-la da mente.
Em tantas leituras que faço, é a primeira vez que leio sobre esse filho psicótico de Einstein, personalidade da física tão citada.
Um dos meus sobrinhos é desde pequenininho muito agitado. Apenas quando está dormindo ou desenhando que ele parece se acalmar. Meu irmão descobriu uma das técnicas de desaceleração lúdica.
Nossa sociedade há tempos não se coloca no lugar do outro, o individualismo impera e será preciso ensinar as novas gerações a pensar antes de agir. Mas eu mesma não sei lidar com diversas situações. Embora procure agir da melhor forma, não me sinto assertiva.
Uma frase do livro ficou gritando dentro de mim (Pág.. 48): Há "profissionais que só conseguem perceber que não são produtivos, proativos, criativos depois que perderam o encanto pelo trabalho, quando estão na lama da frustração." É bem assim que me sinto, sem encanto, frustrada, com uma ansiedade asfixiante, que beira o pânico.
Também me prometo mudar, ser mais paciente, tolerante, autocontrolada. É, esse livro me chegou em mãos em boa hora.