sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Crise econômica brasileira - erros e desacertos que culminaram no impeachent



A situação fiscal no Brasil vem piorando, com um desequilíbrio nas contas públicas, isto é, o governo gastando mais do que arrecada em impostos, e de 2014 para cá esse deficit público aumentou consistentemente, piorando com a crise econômica.
Assim, a dívida do governo, que vinha caindo desde 2002, ficou estável em 2013 e subiu em 2014, algo que não acontecia dessa forma há uma década.
Além de uma deterioração fiscal, nos últimos anos observamos uma tentativa de direcionamento político da economia. Um exemplo é o uso da Petrobrás para evitar aumento no preço dos combustíveis antes das eleições de 2014 e a tentativa de nacionalização do pré-sal. 
Com os preços artificialmente baixos da gasolina, e o endividamento da empresa por conta da descoberta do pré-sal, mais os escândalos de corrupção, as ações da empresa passaram a divergir das empresas do ramo petrolífero.
O governo, evitando combater as causas efetivas da inflação, passou a regular preços da gasolina e eletricidade antes das últimas eleições presidenciais, preferindo aceitar um índice de inflação maior em 2015, após garantida a reeleição, quando os preços desses itens subiram.
Com a combinação de fragilidade fiscal, intervencionismo econômico, investidores passaram a retirar seu dinheiro do Brasil, considerando
 cada vez mais arriscado investir aqui por causa dessas políticas, levando a uma desvalorização do nosso dinheiro, que elevaram as taxas de câmbio (subida do dólar).
As pessoas - proprietários e consumidores, 
passaram a perceber os riscos, diminuindo o consumo e os investimentos, desacelerando a economia,
levando a um crescimento quase nulo, com início 
de recessão da economia brasileira em 2015, da qual infelizmente ainda não estamos vendo mudanças, nem mesmo com o fim do governo de Dilma, que sofreu impeachment e foi substituída por seu vice, Michel Temer. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dilma Rousseff - breve biografia






Dilma foi a primeira mulher a ser eleita no Brasil ao mais alto cargo político, o de chefe de Estado e chefe de governo em toda a história do Brasil, eleita no ano de 2010 e reeleita em 2014.
Nascida numa família da classe média alta, filha do engenheiro e poeta búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva. Formou-se em economia, interessou-se pelo socialismo durante a juventude. 
Logo após o Golpe Militar de 1964, ingressou então na luta armada de esquerda: se tornou membro do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e posteriormente da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) – ambas as organizações defendiam a luta armada contra o regime militar. 
Entre 1967 e 1972, sob codinomes como Stela, Wanda, Luísa, Marina ou Maria Lúcia, Dilma teve dois grandes amores, militou em duas organizações de luta armada, esteve em São Paulo e no Rio e Rio Grande do Sul para fugir da perseguição da polícia e do Exército, usou documentos falsos, manteve encontros secretos, transportou armas e dinheiro roubado, aprendeu a atirar, foi presa, torturada e enfrentou quase três anos de cadeia, primeiramente pelos militares da Operação Bandeirante (OBAN), no qual sofreu torturas, enfrentou sessões de pau-de-arara, choques elétricos, socos e palmatória, posteriormente pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Não há registros de que Dilma tenha participado diretamente de ações armadas.
Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto com Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, foi membro fundador(a) do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou de diversas campanhas eleitorais. 
De 1985 a 1988, durante a gestão de Alceu Collares à frente da prefeitura de Porto Alegre, foi Secretária Municipal da Fazenda. De 1991 a 1993 foi Presidente da Fundação de Economia e Estatística e foi Secretária Estadual de Minas e Energia entre os períodos de 1993 a 1994 e de 1999 a 2002, durante o governo de Alceu Collares e do sucessor Olívio Dutra. Em 2001 decidiu filiar-se no Partido dos Trabalhadores (PT). 
Em 2002 participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Foi escolhida para ocupar o Ministério de Minas e Energia, e posteriormente da Casa Civil, em substituição de José Dirceu, que havia renunciado ao cargo após o advento do chamado Escândalo do Mensalão. 
Como ministra assumiu a direção de iniciativas estratégicas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. Coordenou ainda a Comissão Interministerial, encarregada de definir as regras para a exploração das recém-descobertas reservas de petróleo na camada Pré-Sal e integrou a Junta Orçamentária do Governo.
No dia 3 de abril de 2010, Dilma deixou o cargo para se candidatar à Presidência. 
No segundo turno das eleições, a 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff, aos 63 anos, foi eleita Presidente da República Federativa do Brasil, com mais de 55,7 milhões de votos (56,05%). 




quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A atual política brasileira pela visão de uma historiadora pé de chinelo



"BRASIL, MOSTRA SUA CARA, QUERO VER QUEM PAGA PRA GENTE FICAR ASSIM..."
Como essa música do Cazuza escrita já há algumas décadas continua tão viva e traduz tão
 bem os desmandos desse país.

Em primeiro lugar, quero explicar o título. Não me considero uma historiadora pé de chinelo porque eu leio muito, estudo muito, estou sempre buscando conhecimento e procurando construir e relacionar fatos para uma melhor compreensão desse mundo louco que vivemos. Mas não sou conhecida, não escrevo artigos para revistas, nem mesmo estudei numa grande universidade pública. Não sou uma pessoa leiga, mas não sou uma especialista em política, certo? Então irei  exprimir aqui o meu modo de ver e entender tudo que vem acontecendo no Brasil nesse  último ano e também expor os meus pontos de vista sobre os assuntos expostos.

Quero  escrever sobre alguns pontos gerais e depois farei  outras postagens sobre  temas menores,  relacionados,  mas que  renderão textos para extensas  discussões e ninguém lê nada muito  grande hoje  em  dia... e eu  nem tenho  muito  tempo para  escrever longos  textos de  uma  única  vez.Começarei por Dilma Rousseff e seu papel na política brasileira.