segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Dia dos Santos Reis


Teorias sobre a estrela de Belém




Confira três teorias sobre o que teria sido a misteriosa estrela de Belém que trouxe os reis magos até Jesus para ser adorado:

A estrela de Belém foi um cometa
Entre outras funções, um mago também era um astrólogo cuja função era observar os céus e interpretar os seus sinais. Cria-se na época que os sinais que ocorriam nos céus prediziam eventos importantes ocorridos na terra.
Os magos do Oriente viram um fenômeno astronômico e conjecturaram tratar-se do nascimento de um rei de paz na Judeia. Mas essa não era uma interpretação isolada.
Por exemplo, o mais famoso cometa da antiguidade, o conhecido Cometa de César, foi visto por 7 dias nos céus no ano 44 a.C, e por isso foi interpretado como um anúncio da deificação de Júlio César. Além deste, segundo o historiador romano Suetônio, uma estrela teria anunciado o nascimento de César Augusto, o imperador romano contemporâneo do nascimento de Jesus.
Assim, era comum que eventos astronômicos fossem interpretados como um sinal de algum acontecimento importante na terra. Soma-se a isso a influência do messianismo judaico corrente na Babilônia, como entre os discípulos do profeta Daniel.
Alguns cientistas e estudiosos especulam que a estrela vista pelos magos foi na verdade um fenômeno celeste natural que foi interpretado como um presságio. Dentre os fenômenos recorrentes nos céus, um cometa seria o mais fácil de se encaixar na narrativa do evangelho de Mateus, devido ao seu movimento.
No período do nascimento de Jesus, tanto os chineses quanto os babilônicos faziam registros diários das observações celestes e muito dos documentos dessa época chegaram até nós.
Num dos documentos chineses, registra-se um corpo celeste exposto nos céus por 70 dias, por volta do ano 5 a.C. A data do aparecimento deste corpo estaria entre o dia 5 de março e 10 de abril. Curioso é o modo como ele foi descrito, como um astro “pairando sobre cidades”, de modo semelhante ao que foi registrado no evangelho.

 A estrela de Belém foi uma conjunção planetária

Como já dissemos acima, tanto os chineses quanto os babilônicos mantinham registros dos fenômenos celestes no período do nascimento de Jesus. São os tabletes astronômicos da Babilônia que apresentam um candidato bastante popular para ser a estrela de Belém. No ano 7 a.C., ele registra a conjunção de Júpiter e Saturno com a constelação de Peixes, e depois Júpiter, Saturno e Marte em Peixes.
O astrônomo Johannes Kepler interessou-se em encontrar a estrela de Belém. O astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler foi quem descreveu o movimento dos planetas, no século XVI, utilizados até hoje pela NASA e pelos demais cientistas.
Com base em sua observação dos planetas Júpiter e Saturno, deduziu que a estrela de Belém fosse uma conjunção de ambos os planetas. Com base em suas próprias leis, calculou o movimento desses planetas regredindo até os anos 5-7 a.C., considerando que Herodes teria morrido no ano 4 a.C.
Com base nisso, encontrou três conjunções de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, todas no ano 7 a.C: uma em 27 de maio, outra em 05 de outubro e a terceira em 1 de dezembro. A conjunção desses planetas, vista da Terra, teria um brilho incomum nos céus.
O arqueólogo e estudioso da Assíria Simo Parpola concorda com essa teoria de Kepler e completa dizendo que, segundo o sistema astrológico babilônico, Júpiter estava associado ao deus supremo, e também associado ao nascimento de reis. Já a constelação de Peixes estava associada ao povo judeu. Assim, tendo visto esse fenômeno, facilmente os magos teriam associado ao nascimento de alguém importante na Judeia.

A estrela de Belém foi um fenômeno puramente milagroso

Uma terceira teoria sobre a estrela de Belém parece ser a mais aceita entre os teólogos – a de que o brilho nos céus foi um fenômeno puramente milagroso, vindo da Providência de Deus. É o que crê um dos pais da igreja, João Crisóstomo.
Para ele, a estrela que brilhou nos céus de Belém foi um astro excepcional conduzido milagrosamente por Deus para guiar os magos, como havia sido a coluna de Fogo guiando o povo de Israel. Ele diz:
“Como então, digam-me, a estrela poderia apontar para um local tão específico – o espaço de uma manjedoura e um barraco -, sem que tenha descido das alturas e permanecido logo acima da cabeça do menino? E era a isso que aludia o evangelista quando disse “e eis que a estrela, que viram no oriente, ia adiante deles, até que foi parar sobre o lugar onde estava o menino”.
Mas, e agora, diante dessas teorias, o que de fato foi a Estrela de Belém? Será que na primeira aparição, no Oriente, tratou-se de conjunção planetária, e depois, quando avistado na saída de Jerusalém, de um meteoro? Será que em todas as ocasiões tratou-se de astro milagroso?

O mais importante de toda essa história está claro – todos os povos devem adorar o filho de Deus!

sábado, 21 de dezembro de 2019

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Eu sou Malala

Sabe aquele livro que você quer que todo mundo leia?

O livro “Eu sou Malala” foi escrito por Malala Yousafzai com a colaboração da jornalista Christina Lamb. É uma autobiografia que conta a história da paquistanesa, mas não só. A obra possui conteúdo sobre a religião islâmica, sobre o grupo étnico pashtun, bem como a história de formação do Paquistão, do próprio Talibã e até mesmo da morte de Osama Bin Laden dentro do vale do Swat.
Sua leitura é fácil, mas seus fatos complexos. Suas palavras são tocantes e transformadoras, capazes de nos dar coragem para mudar uma vida inteira. Não há como terminar esta leitura sendo a mesma pessoa que a iniciou. Malala é exemplo de perseverança e sua importância vai além de seu prêmio Nobel. Seu livro é uma aula que aguça não apenas a curiosidade, mas a compaixão e nos dá a triste certeza de que ainda há muito o que fazer.
No país de Malala nascer mulher significava ter a vida permeada por limites, regras e normas específicas, como, por exemplo, de só poder sair na rua acompanhada de uma figura masculina. 
Filha de um professor, desde cedo foi incentivada a buscar por conhecimento e empoderamento. Malala nasceu numa família privilegiada, com um pai revolucionário, que vê o mundo de forma mais justa e que sempre lutou de maneira destemida, persistindo em causas importantes como educação e liberdade para seguir com sua escola.
A história é bastante ampla, pois mostra, além da rotina de Malala, os conflitos políticos e econômicos que acometeram o Paquistão, as mudanças que foram ocorrendo na medida em que ela foi crescendo, o contexto religioso e o ponto crucial que é a questão educacional, que passou a ser restrita apenas aos meninos. Depois dessa restrição, Malala, que já era uma garota com uma opinião formada sobre seus direitos e que escrevia sob um pseudônimo para um blog denunciando as atrocidades cometidas às meninas que tentavam frequentar a escola, mais tarde passou a ser chamada também para dar palestras. Com isso, sua família passou a sofrer inúmeras ameaças e, em outubro de 2012, um homem armado parou o  ônibus escolar procurando por ela e disparou vários tiros em seu rosto.
Narrado em primeira pessoa pela própria Malala, o livro é dividido em cinco partes ("Antes do Talibã", "O vale da morte", "Três meninas, três balas", "Entre a vida e a morte" e "Uma segunda vida"). Ao tratar da história de seu país, Malala apresenta um parâmetro social, econômico e político do Paquistão, deixando claro que lá as taxas de analfabetismo são muito altas, o que contribui bastante para a corrupção e para o avanço do Talibã, que deturpou os ensinamentos do islamismo, de forma a manipular a população de acordo com seus objetivos.
Interessante perceber como a mídia exerce poder, pode controlar as pessoas como aparelho de dominação consentida. É gritante o modo como o Talibã dominou o vale e em pouco tempo o país, através de uma rádio clandestina.
Um livro tocante, que mostra o medo e a aflição de viver em meio a um regime brutal, e a luta através da palavra diante o mundo, para reverter tal situação.



MALALA YOUSAFZAI VEIO AO BRASIL

Ela é Malala Yousafzai.
A jovem paquistanesa de 21 anos veio pela primeira vez ao Brasil em 9 de julho. Ela participou de um evento fechado para convidados, a convite do Itaú Unibanco, em São Paulo, para discutir o papel da educação no desenvolvimento infantil e das mulheres no Brasil. Alunos de escola pública e representantes de ONGs brasileiras também participaram do evento, que foi transmitido pela internet, pelas redes sociais do banco.


segunda-feira, 2 de julho de 2018

RELIGIÃO ISLÂMICA

Esse grupo religioso tem cerca de 1,5 bilhões de adeptos no mundo (cerca de 20% da população do planeta) e sua história nos explica movimentos, culturas e diversos conflitos contemporâneos.
Islamismo é a religião monoteísta fundada pelo profeta Maomé, em 622. "Islã" é uma palavra árabe que significa “submissão”. Assim, aqueles que obedecem "Alá", e aceitam Maomé como seu profeta, são chamados de muçulmanos. O termo Allah, na língua árabe, significa "Deus".

História

O islamismo surgiu no século VI na Arábia, região do Oriente Médio que era habitada na época por cerca de 5 milhões de pessoas. Eram grupos tanto sedentários como nômades, organizados em tribos e clãs. A população era na maioria politeísta, mas existiam algumas tribos judaicas e algumas de tradição cristã.  
Nesse contexto surgiu o criador do islamismo, o profeta Maomé, chamado de Muhammad pelos muçulmanos, cujo nome completo era Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, sendo que Muhammad significa "louvável" e seu nome completo, inclui o nome "Abd Allah", que significa "servo de Deus".  Este nome já era comum na Arábia antes do surgimento do islão.

Nascido em Meca, na tribo árabe coraixita, especificamente ao clã dos hachemitas, no atual Reino da Arábia Saudita, em 570 da era cristã. Órfão desde cedo, passou a ser criado por seu tio Abu Talib, de quem recebeu educação formal e aprendeu o ofício de comerciar especiarias nas caravanas de camelos transaarianas.
Foi como chefe de caravana que, em 595, Maomé conheceu uma rica viúva, chamada Khadijha, passando a trabalhar para ela. Após demonstrar grande destreza na administração dos negócios de Khadijha, Maomé e a viúva, em comum acordo, casaram-se. Esse casamento transformou substancialmente a vida do então comerciante, que não tinha grande fortuna até o momento.
É importante ressaltar que, antes mesmo de o islamismo firmar-se como religião, em Meca e em outras regiões da Arábia, havia uma confluência de credos, tanto pagãos, politeístas, quanto judaicos e cristãos. Além do monoteísmo judaico e cristão, havia também um terceiro grupo, o dos hanifs, nascido em meio à miscelânea pagã dos grupos tipicamente árabes.
Na época de Maomé, vinham surgindo novas tendências no interior desse politeísmo tradicional: a influência das colônias judaicas e dos cristãos heréticos do mundo arameu, ao norte, e da Etiópia, ao sul, chamava os melhores espíritos para uma religião mais elevada. As divindades particulares continuavam a ser honradas, mas uma delas começava a predominar sobre as outras: Alá, reconhecido como “maior” – Allah akbar. Além disso, encontravam-se já alguns monoteístas – nem judeus nem cristãos – chamados hanifs. (Daniel-Rops, em sua obra A Igreja dos Tempos Bárbaros)
Os pais de Maomé e muitos membros do clã hachemita adoravam Allah, mas foi Maomé que, nos primeiros anos do século VII, começou a sistematizar a crença propriamente islâmica. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um retiro espiritual numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse os versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade.
A tradição muçulmana relata que Maomé começou a ter progressivas revelações dadas por Deus (Alá) por meio do Anjo Gabriel. Essas revelações teriam dado a Maomé a autoridade de ser o Profeta de Alá, isto é, aquele que teria a missão de corrigir as distorções que judeus e cristãos teriam feito das revelações passadas, e a responsabilidade de retirar as tribos árabes politeístas da “era da ignorância” e convertê-las ao Islã.
Maomé começou por converter aqueles que lhe eram mais próximos, como sua esposa, sogro, primos. Entretanto, sua radicalização monoteísta começou a ter efeitos sobre a dinâmica social e econômica da tribo coraixita. Outros clãs de Meca passaram a confrontar e perseguir Maomé e seu grupo de convertidos. A medida que os seus seguidores cresciam, ele se tornava uma ameaça para as tribos locais e os líderes da cidade, cuja riqueza se apoiava na Caaba, o ponto focal da vida religiosa de Meca, que Maomé ameaçava derrubar. Isto era especialmente ofensivo para os coraixitas, a sua própria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nesta altura hospedava centenas de ídolos que os árabes adoravam como deuses.
Com a morte de seu tio e, depois, de sua esposa, Khadijah, que faleceu em 619, Maomé decidiu aceitar o apoio e hospitalidade de famílias residentes na então cidade de Yatreb, para onde migrou em 622. Essa migração, ou fuga, ficou conhecida como Hégira.
Em Yatreb, Maomé conseguiu mais adeptos ao islamismo, de modo que a cidade tornou-se o seu reduto principal e também o seu quartel-general, a ponto de a cidade ter seu nome mudado para Medina (“Cidade do Profeta”). De Medina, Maomé passou a travar sucessivas batalhas contra Meca. A pregação religiosa passou a se entrelaçar com a guerra e a perspectiva de conquista.
O domínio de Meca foi o primeiro passo da grande e rápida expansão islâmica que se veria nos anos seguintes. Maomé morreu dois anos após subjugar sua cidade natal. Sua morte provocou disputas sucessórias que definiriam, mais tarde, os grupos sunita e xiita, característicos do desenvolvimento do islamismo.


Alcorão

O livro sagrado do Islamismo é chamado de "Alcorão" ou "Corão". Nele, estão reunidas as palavras de Deus, reveladas ao profeta Maomé.
De acordo com a religião islâmica, o Alcorão ou Corão, é a coletânea das revelações de Deus ao Profeta Maomé. Ele foi redigido em árabe entre os anos de 610 e 632.
Essa coletânea contém as palavras exatas de Deus, reveladas pelo anjo Gabriel. É visto como um milagre e deve ser preservado sem alteração.
O Corão é dividido em 114 “suratas” (capítulos) de diferentes tamanhos. A primeira surata é uma breve oração introdutória e as demais são organizadas pelo tamanho, começando pela mais longa.
As primeiras suratas reveladas ao Profeta são menores, por isso, grande parte do Alcorão está em ordem cronológica inversa.
Os muçulmanos afirmam que no Alcorão, Deus fala de sua essência, da relação que possui com os seres humanos e de como serão responsabilizados perante o Juízo Final.
Embora o Corão refira-se a Maomé e à comunidade islâmica antiga, oferece orientação moral para povos de todos os períodos e raças. Nele são reconhecidas passagens do Antigo Testamento judaico e cristão; onde Jesus é considerado um grande profeta.

Os Pilares do Islamismo

A Lei Sagrada do Islamismo é chamada de “Sharia”, a “estrada”, pela qual Deus determina que os muçulmanos trilhem.
A Sharia regulamenta todos os aspectos da vida. Esses regulamentos abrangem deveres religiosos essenciais conhecidos como os “Cinco Pilares”, destinados a desenvolver o espírito de submissão a Deus. São eles:

Profissão de Fé: “Só há um Deus e Maomé é seu profeta” é o credo fundamental do Islamismo.
Preces Rituais: Os muçulmanos oram cinco vezes por dia, sempre voltados em direção a Meca: ao amanhecer, ao meio dia, à tarde, ao pôr do sol e ao se deitar, .
Doações: Uma contribuição anual chamada “zakat” é oferecida pelos muçulmanos com posses aos necessitados.
Jejum: Durante o mês islâmico de Ramadã, os muçulmanos jejuam diariamente entre antes do nascer do sol até o anoitecer. Durante o jejum é proibido o consumo de alimentos, bebidas e cigarro. Crianças, doentes e idosos são liberados do jejum de Ramadã.

Peregrinação: A peregrinação à Meca (Hadj) deve ser realizada pelo menos uma vez durante a vida de todo muçulmano. Em Meca, os peregrinos circundam sete vezes um santuário sagrado (a Pedra Negra, conhecida como Caaba) que fica no pátio da Mesquita de Al-Haram, na Arábia Saudita.





sexta-feira, 8 de junho de 2018

Cultura Árabe

Pode ser bastante comum associar "muçulmanos" e "árabes" como sinônimos, o que não é o caso. Enquanto a maioria dos árabes são muçulmanos, é possível encontrar cristãos, judeus e uma variedade de outras crenças religiosas na cultura árabe.
Em comum, esta cultura possui valores como lealdade, honra, tradicionalismo e conservadorismo. 
Valorizam a amizade, o respeito, a paciência e a privacidade acima de tudo.
No que se refere à privacidade, é comum que as casas não permitam que seu interior seja visto do lado de fora.
Outro aspecto importante desta cultura diz respeito as formas de comer. Árabes muçulmanos e judeus não se alimentam de carne de porco, comem somente com a mão direita e normalmente fazem suas refeições sentados no chão.
A língua árabe é outra curiosidade sobre esse povo. Os árabes estão espalhados por toda a península arábica que é o norte da África, o Líbano, Iraque e Jordânia. Eles convivem com outros povos e a língua árabe tem algumas diferenças dependendo do local onde está sendo falada.
A língua árabe só possui 3 vogais e 22 consoantes, a escrita é feita da direita para a esquerda. Esse sistema é chamado de abjad. Curiosamente a escrita é feita apenas com consoantes, deixando para o leitor a tarefa de complementar com a vogal correta. Isso torna a linguagem árabe aberta a interpretações quando é traduzida.
Na matemática, os árabes desenvolveram os algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero. Na medicina, os alquimistas árabes foram os precursores da química moderna. Conta-se que as preocupações com a natureza e a transformação ocorrida nos corpos fizeram com que os alquimistas buscassem o elixir da longa vida. Os resultados obtidos foram bem mais modestos, mas permitiram a descoberta de novos compostos químicos como o álcool, assim como as propriedades fundamentais dos ácidos e sais.
A arquitetura árabe foi grandemente influenciada pela arquitetura persa, indiana e bizantina. As edificações mais célebres foram as mesquitas, construções requintadas e decoradas luxuosamente com fragmentos das sentenças do Alcorão, figuras geométricas, plantas e flores, formando belíssimos arabescos. A representação de figuras humanas ou de animais era proibida.
Na literatura o mais famoso exemplo da prosa muçulmana é a coleção de histórias denominada Mil e uma noites, que reúne fábulas, histórias de aventuras, anedotas e contos familiares,
geralmente reflexos da vida requintada do califado de Bagdá. As minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões são exemplos desses contos que ganharam o mundo.
São as indumentárias ou vestimentas árabes que mostram o lado mais conservador desta cultura. Desse modo, os homens podem ser facilmente encontrados vestidos à moda ocidental, com calça jeans e camisa. Podem também usar uma mistura de roupas ocidentais e tradicionais (togas e turbantes). Já as mulheres, costumam se vestir com mais decoro. Utilizam um hijab (tecido que cobre a cabeça sem esconder o rosto), uma abaya(túnica preta e longa) ou um niqab (tecido que cobre a parte inferior do rosto).